26 de fev 2025
Nísia Trindade critica demissão e diz que fritura na imprensa é ‘inconcebível’
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi demitida por Lula após pressão política. Nísia criticou a "fritura" na imprensa, chamando o processo de "inconcebível". Alexandre Padilha, ex ministro da Saúde, assumirá o cargo em 6 de março. A demissão reflete a busca de Lula por um perfil mais político na Saúde. Janja, primeira dama, elogiou Nísia, destacando seu trabalho e dedicação.
Nísia Trindade dará lugar a Alexandre Padilha na Saúde (Foto: Rafael Nascimento/Ministério da Saúde/Divulgação)
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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi demitida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um processo que gerou desconforto e críticas. Em sua primeira declaração após a saída, Nísia descreveu a situação como “inconcebível”, referindo-se à pressão que sofreu antes do anúncio oficial. Ela destacou que a demissão não diminui seu trabalho e que mudanças ministeriais são comuns em governos. A troca ocorre em um contexto de insatisfação com a gestão da saúde, especialmente em relação ao programa Mais Acesso a Especialistas, que visava ampliar o atendimento na rede pública.
Nísia foi substituída por Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde durante o governo de Dilma Rousseff. A mudança foi interpretada como uma tentativa de Lula de fortalecer a articulação política da pasta, que enfrentava críticas por sua lentidão em implementar projetos e pela gestão de crises, como a epidemia de dengue. A demissão de Nísia marca a terceira vez que uma mulher é substituída por um homem no primeiro escalão do governo, o que levanta questões sobre a representatividade feminina na Esplanada.
A primeira-dama Janja expressou publicamente seu apoio a Nísia, elogiando seu trabalho e destacando a importância da ciência na gestão da saúde. Em suas redes sociais, Janja agradeceu à ex-ministra pela dedicação e profissionalismo, ressaltando que o Ministério da Saúde recuperou o respeito durante sua gestão. A demissão de Nísia e a nomeação de Padilha são vistas como parte de uma reforma ministerial mais ampla que Lula planeja implementar após o Carnaval.
A saída de Nísia também reflete a pressão do Congresso e a necessidade de Lula de melhorar sua popularidade, que está em queda. O presidente enfrenta desafios significativos, incluindo a necessidade de atender às demandas dos parlamentares e garantir a eficácia dos programas de saúde. A expectativa é que a nova gestão sob Padilha busque reverter a percepção negativa e impulsionar a entrega de projetos essenciais para a população.
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