27 de fev 2025
Venezuelano relata trauma após detenção em Guantánamo: ‘Não penso mais em sair do meu país’
Kevin Rodríguez, cidadão venezuelano, viveu detenção e deportação nos EUA. Ele relatou condições precárias e maus tratos em prisão americana. Durante a detenção, perdeu quatro quilos devido à má alimentação. A deportação envolveu 178 venezuelanos, com discriminação evidente. Família de Rodríguez também sofreu, esperando por notícias durante a detenção.
Kevin Rodríguez e família (Foto: Reprodução/X)
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As medidas de deportação para imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos foram intensificadas com a administração de Donald Trump. Um dos afetados, Kevin Rodríguez, um cidadão venezuelano, compartilhou sua experiência em entrevista ao Noticias Telemundo, revelando que passou duas semanas em uma prisão com condições precárias. Ele descreveu as celas como sujas e mal cuidadas, com teias de aranha e infestação de formigas, além da falta de alimentos adequados.
Rodríguez foi transferido, junto a 178 venezuelanos, em voos militares para a base naval de Guantánamo, em Cuba. Ele relatou que as condições eram difíceis, com refeições escassas e horários inadequados, levando-o a perder cerca de quatro quilos. O relato inclui também a observação de maus-tratos a outros detidos e a rigidez das rotinas, como a necessidade de ser algemado para tomar banho, o que intensificou seu sofrimento.
Durante sua detenção, Rodríguez notou que muitos dos outros detidos não tinham antecedentes criminais, e que a discriminação parecia ser direcionada a todos os venezuelanos, independentemente de seu histórico. Dados do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) indicam que, dos 178 venezuelanos, 51 não tinham antecedentes criminais, enquanto 80 eram identificados como supostos membros do grupo criminoso Tren de Aragua.
Após sua libertação, em 15 de fevereiro, a angústia de sua família foi evidente. Seu pai, Nelson, fez um apelo emocionado por ajuda, expressando preocupação com a situação de outros detidos. Finalmente, Rodríguez retornou ao seu país em 20 de fevereiro, onde sua família o aguardava ansiosamente. Ele afirmou que não pretende mais deixar sua terra natal, devido ao trauma vivido durante o processo de deportação.
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