Política

Passarela do glamour gera polêmica e ação judicial no carnaval de Salvador

A passarela entre o Morro do Ipiranga e o Camarote Glamour gerou polêmica por sua segregação. Após interdição judicial, foi liberada com laudos de segurança, mas críticas persistem. O Instituto de Arquitetos do Brasil questiona a legalidade da construção da passarela. Moradores e especialistas alertam sobre impactos no trânsito e na mobilidade urbana. A obra é vista como um reforço à segregação no carnaval, desconsiderando o público geral.

"Passarela do apartheid entre área nobre e camarote vira briga judicial no carnaval de Salvador (Foto: Myphantomtoy)"

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Uma passarela entre o Morro do Ipiranga e um camarote no circuito Barra-Ondina, em Salvador, gerou polêmica e ação judicial. A estrutura, criticada por ser chamada de "passarela do Apartheid", foi interditada pela justiça na quarta-feira (26) devido a preocupações sobre segregação e segurança. Contudo, após o prefeito Bruno Reis (União) defender a obra e apresentar laudos de segurança, a passarela foi liberada na tarde de sexta-feira (28).

Criada para facilitar o acesso ao Camarote Glamour, a passarela conecta uma área residencial nobre à estrutura, evitando que os convidados descessem uma escadaria até a Avenida Oceânica, que é bastante movimentada durante o carnaval. Os ingressos para o camarote variam entre R$ 550 e R$ 800, e a programação inclui shows de artistas como Ludmilla e Carlinhos Brown. No entanto, a passarela é exclusiva para quem adquiriu ingressos, o que gerou críticas nas redes sociais.

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) entrou com uma ação judicial alegando que a passarela foi construída sem a devida autorização, o que poderia gerar riscos à segurança e à mobilidade urbana. O juiz Adriano Augusto, do TJBA, atendeu ao pedido de interdição, mas relatos indicaram que a estrutura foi utilizada na noite de quinta-feira (27), durante o início do carnaval. O prefeito defendeu a obra, afirmando que ela não prejudica o trânsito e contribui para o sucesso da festa.

Após inspeção do Ministério Público da Bahia, que não encontrou problemas graves de segurança, a passarela foi liberada após a apresentação de documentos oficiais. Apesar da legalização, a obra continua a ser criticada. Clímaco Dias, geógrafo da UFBA, destacou que a passarela reforça a segregação no carnaval e levanta preocupações sobre precedentes para outros camarotes, afirmando que a iniciativa é "absurda" e "despreza a grande maioria que está lá na rua."

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