Política

STF analisa proposta que pode expandir foro privilegiado para ex-autoridades públicas

O STF retoma julgamento sobre foro privilegiado em 28 de fevereiro de 2024. Seis ministros apoiam proposta de Gilmar Mendes para manter foro após saída. Mudança visa evitar que políticos usem renúncia para evitar punições. O foro privilegiado é criticado por beneficiar políticos acusados de crimes. Decisão final deve ocorrer até 11 de março, com impacto significativo na Justiça.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Ouvir a notícia

STF analisa proposta que pode expandir foro privilegiado para ex-autoridades públicas - STF analisa proposta que pode expandir foro privilegiado para ex-autoridades públicas

0:000:00

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira, 28 de fevereiro de 2024, o julgamento que pode expandir o foro privilegiado para autoridades públicas. O tema estava suspenso desde setembro de 2023, após um pedido de vista do ministro Nunes Marques, e será analisado no plenário virtual até 11 de março. Atualmente, crimes cometidos durante o mandato são enviados à primeira instância se a autoridade deixar o cargo. A proposta do ministro Gilmar Mendes sugere que o STF continue responsável por esses casos, independentemente da permanência no cargo.

Até agora, oito ministros já votaram, com seis a favor da ampliação do foro privilegiado. Entre os favoráveis estão Flávio Dino, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Os ministros André Mendonça e Edson Fachin divergiram, defendendo a manutenção da regra atual. Faltam votar Nunes Marques, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a maioria se mantiver, a mudança será confirmada.

Se aprovada, a nova interpretação permitirá que crimes relacionados ao exercício do cargo sejam julgados pelo STF, mesmo após a renúncia ou término do mandato. A justificativa é evitar que políticos usem a saída do cargo como estratégia para atrasar processos. Mendes afirmou que “a prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo subsiste mesmo após o afastamento”. Essa mudança visa impedir que políticos escapem do julgamento ao deixar seus postos.

O foro privilegiado, que garante que certas autoridades sejam julgadas por tribunais superiores, é criticado por ser utilizado para atrasar investigações. Mendes argumenta que a regra atual permite que investigados evitem o julgamento ao renunciar. O ministro Flávio Dino sugeriu que a competência não deve mudar com a perda ou investidura em outro cargo. Mendonça e Fachin, por outro lado, acreditam que a prerrogativa deve terminar com a saída do cargo, defendendo que a proteção é para o exercício da função, não para o indivíduo. O julgamento segue até 11 de março.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela