Política

Cuba libera 11 presos políticos em meio a incertezas nas relações internacionais

O governo cubano liberou 11 presos políticos, mas não os reconhece como tal. As autoridades classificam a liberação como "benefícios de excarcelamento". A medida ocorre em meio a tensões políticas com os EUA e a Europa. Ativistas afirmam que as liberdades vêm com restrições severas. A falta de transparência no processo gera críticas de organizações de direitos humanos.

"Visita à embaixada dos Estados Unidos, em Havana (Cuba). Em 15 de janeiro de 2025. (Foto: Ernesto Mastrascusa/EFE)"

"Visita à embaixada dos Estados Unidos, em Havana (Cuba). Em 15 de janeiro de 2025. (Foto: Ernesto Mastrascusa/EFE)"

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Nas últimas semanas, surgiram indícios de que o governo cubano havia encerrado as excarcelacões iniciadas em janeiro, mediadas pelo Vaticano. Contudo, ativistas e organizações de direitos humanos relataram que, entre quinta e sexta-feira, pelo menos 11 presos políticos foram liberados. As autoridades cubanas, que não reconhecem esses indivíduos como prisioneiros políticos, afirmaram que se tratam de "benefícios de excarcelacão antecipada", sem garantias de que não retornarão à prisão.

Em janeiro, o governo havia anunciado a liberação de 172 presos políticos, mas a situação mudou com a retomada da política hostil de Donald Trump. Recentemente, o novo secretário de Estado, Marco Rubio, implementou medidas que pressionam economicamente Havana, enquanto o governo cubano agora libera prisioneiros sob condições restritivas, como a proibição de participar de manifestações ou fazer declarações contrárias ao regime. O advogado Raudiel Peña Barrios, do grupo Cubalex, confirmou que as liberações têm ocorrido por meio de liberdade condicional.

A identidade de alguns presos políticos ainda detidos é conhecida, a maioria deles por sua participação nas protestas de 11 de julho de 2021, que resultaram em mais de mil detenções. Entre os que permanecem encarcerados estão Iván Arocha Quiala e Ohaurys Rondón Rivero. Organizações internacionais, como a Anistia Internacional, têm exigido a liberação de todos os prisioneiros políticos, denunciando a falta de transparência e irregularidades no processo de excarcelacão.

Ana Piquer, da Anistia Internacional, destacou que o governo cubano não reconhece a existência de prisioneiros políticos e não divulga uma lista dos liberados. A situação permanece incerta, com analistas sugerindo que as excarcelacões podem ser uma estratégia do regime para obter concessões internacionais, especialmente em um contexto de crescente pressão internacional e descontentamento com as violações de direitos humanos.

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