Cuba finaliza libertação de 553 presos após compromisso do governo americano

O Tribunal Supremo de Cuba anunciou a conclusão da libertação antecipada de 553 presos, um compromisso do governo cubano após a retirada de Cuba da lista de patrocinadores do terrorismo pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Essa medida havia sido revogada por Donald Trump. A vice-presidente do Tribunal, Maricela Soza Ravelo, declarou que o processo foi finalizado com sucesso, destacando que em janeiro foram apresentadas 378 solicitações e em fevereiro, 175, totalizando as 553 pessoas que receberam a libertação antecipada.

A repercussão da libertação foi significativa, especialmente entre os familiares e amigos dos detentos, que demonstraram emoção a cada etapa do processo. A libertação incluiu nomes de figuras da oposição cubana, como José Daniel Ferrer, que foi considerado um prisioneiro de consciência pela Anistia Internacional em 2021. Essa decisão reflete um movimento do governo cubano em resposta a pressões internacionais e mudanças na política externa dos Estados Unidos.

A libertação de presos políticos é um tema sensível em Cuba, onde a repressão à dissidência é frequentemente criticada por organizações de direitos humanos. A medida pode ser vista como um passo em direção ao diálogo e à melhoria das relações entre Cuba e a comunidade internacional, embora muitos ainda questionem a sinceridade desse gesto.

O processo de libertação foi acompanhado de perto por observadores e ativistas, que esperam que essa ação possa abrir espaço para futuras reformas e um ambiente político mais favorável ao debate e à liberdade de expressão em Cuba.