Política

Esquerda uruguaia volta ao poder com a posse de Yamandú Orsi, discípulo de Mujica

Yamandú Orsi, discípulo de Mujica, assume a presidência do Uruguai. Foco em reduzir pobreza infantil, com 31,1% das crianças abaixo da linha. Alianças regionais com Brasil, Chile, Colômbia e México são prioridade. Orsi busca crescimento econômico após anos de retração do PIB. Governo pragmático, sem guinadas radicais, mas atento a questões sociais.

O presidente eleito do Uruguai, Yamandu Orsi, da coalizão Frente Ampla, posa para uma foto com apoiadores após uma reunião com o ex-presidente do Uruguai (2010-2015) José Mujica na casa de Mujica em Montevidéu em 25 de novembro de 2024. (Foto: Eitan ABRAMOVICH / AFP)

O presidente eleito do Uruguai, Yamandu Orsi, da coalizão Frente Ampla, posa para uma foto com apoiadores após uma reunião com o ex-presidente do Uruguai (2010-2015) José Mujica na casa de Mujica em Montevidéu em 25 de novembro de 2024. (Foto: Eitan ABRAMOVICH / AFP)

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Neste sábado, a esquerda uruguaia retoma a Presidência do país com a posse de Yamandú Orsi, ex-prefeito de Canelones e discípulo do ex-presidente José “Pepe” Mujica. Orsi, de 57 anos, é membro do Movimento de Participação Popular (MPP) e representa uma nova geração de líderes esquerdistas. Sua principal meta é reduzir a desigualdade e a pobreza, especialmente entre crianças, com 31,1% delas vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo dados do Unicef.

O governo uruguaio mede a pobreza de duas formas: por renda e pela chamada “pobreza multidimensional”, que considera acesso a saúde e educação. Em 2024, cerca de 9,1% da população, que é de 3,5 milhões, era considerada pobre, enquanto a pobreza multidimensional atingiu 18,9%. Orsi planeja reforçar as políticas sociais e terá como aliados na região os presidentes do Brasil, Chile e Colômbia, que estarão presentes na cerimônia de posse.

O presidente brasileiro Lula foi o primeiro a se encontrar com Orsi após sua vitória eleitoral, e as fontes afirmam que a reunião foi “altamente produtiva”. A expectativa é que Orsi se torne um aliado importante em questões regionais, especialmente após a posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O professor Carlos Luján destaca que a influência de Mujica será significativa, embora Orsi tenha sua própria experiência de governo.

A analista Mariana Pomiés prevê que o governo de Orsi não trará uma guinada política, mas será mais atento às questões sociais e ao desenvolvimento econômico. Após uma retração de 6,1% do PIB em 2020 devido à pandemia, o Uruguai apresentou crescimento de 4,4% em 2021 e 5,6% em 2022, mas apenas 0,4% em 2023. As estimativas para 2024 indicam um crescimento entre 3,1% e 3,5%, com foco em políticas de sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

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