IRS planeja reduzir sua força de trabalho em até 50% com demissões e incentivos

O Serviço de Receita Interna (IRS) dos Estados Unidos está elaborando um plano para reduzir sua força de trabalho em até cinquenta por cento, por meio de demissões, aposentadorias e incentivos para rescisões, conforme revelado por duas fontes anônimas. As demissões fazem parte da estratégia da administração Trump para diminuir o tamanho do funcionalismo público, sob a liderança do bilionário Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental, que inclui o fechamento de agências e a demissão de funcionários em período probatório.

Atualmente, o IRS conta com aproximadamente 90 mil funcionários em todo o país, dos quais 56% são pessoas de cor e 65% são mulheres. Em fevereiro, cerca de 7 mil funcionários em período probatório foram demitidos. Além disso, a administração Trump ofereceu um programa de rescisão diferida para funcionários do IRS e de outras agências federais, mas aqueles envolvidos na temporada de impostos de 2025 foram informados que não poderiam aceitar a oferta até meados de maio, após o prazo de declaração de impostos.

O ex-comissário do IRS, John Koskinen, alertou que uma redução drástica na equipe tornaria a agência "disfuncional". Em uma carta, Koskinen e outros ex-comissários enfatizaram que cortes agressivos nos recursos do IRS comprometeriam a eficácia na arrecadação de impostos. Além das demissões, a administração planeja emprestar funcionários do IRS ao Departamento de Segurança Interna para auxiliar nas operações de imigração, conforme solicitado pela secretária do DHS, Kristi Noem.

Um memorando da Casa Branca, enviado no final de fevereiro, solicitou que as agências apresentassem relatórios sobre planos de redução de força até 13 de março. No entanto, ainda não está claro se a Casa Branca aprovará o plano de reorganização do IRS e em que prazo as mudanças serão implementadas. As representações da Casa Branca, do Departamento do Tesouro e do IRS não comentaram sobre o assunto.