Trump defende suas ações em discurso ao Congresso e critica Biden por desafios econômicos

O discurso do presidente Donald Trump ao Congresso, seu primeiro desde que retornou ao poder, foi uma combinação de celebração pelos primeiros 43 dias de governo e uma tentativa de justificar suas ações a um público que ainda digere as mudanças rápidas. Trump tomou decisões drásticas em áreas como tarifas, cortes governamentais e relações exteriores, provocando reações intensas de democratas e até de alguns republicanos. Durante o discurso, ele enfrentou interrupções do deputado Al Green, que foi expulso após desrespeitar o protocolo.

A abordagem de Trump foi cuidadosamente elaborada para se conectar com uma de suas maiores audiências televisivas do ano. Ele criticou os democratas por não aplaudirem suas propostas, tornando o discurso um dos mais partidários da memória recente. A rápida implementação de ações executivas tem gerado confusão entre os americanos, com pesquisas indicando um crescente ceticismo sobre suas prioridades. Trump aproveitou a oportunidade para destacar Elon Musk, enfatizando seu trabalho em eficiência governamental.

O cenário econômico antes do discurso não era favorável, com os mercados acionários em queda devido às tarifas amplas anunciadas sobre México, Canadá e China. Apesar das preocupações de alguns republicanos sobre as tarifas, Trump reafirmou sua estratégia, prometendo que os EUA arrecadariam trilhões de dólares e criariam empregos sem precedentes. Ele também fez do ex-presidente Joe Biden um alvo central, responsabilizando-o por problemas econômicos e conflitos internacionais, afirmando que herdou uma "catástrofe econômica".

Trump insistiu que a administração anterior deixou um legado problemático, mas a capacidade de continuar culpando Biden por desafios persistentes é incerta. Os eleitores, eventualmente, esperam que o atual presidente resolva os problemas, em vez de atribuí-los a seus antecessores.