06 de mar 2025
Irregularidades no programa Cozinha Solidária levantam suspeitas sobre ONGs e repasses públicos
Relatório do TCU aponta irregularidades no programa Cozinha Solidária, como falta de notas fiscais. ONG Mover Helipa, ligada a ex assessor do PT, é alvo de suspensão de pagamentos. Indícios de conflito de interesse nas contratações levantam preocupações sobre transparência. Investigação interna do Ministério do Desenvolvimento Social busca esclarecer os fatos. Senador Eduardo Girão destaca a importância da fiscalização para evitar desperdício de recursos.
Ministro Wellington Dias com Varjão, da ONG Mover Helipa: a pasta informou que suspendeu o pagamento. (Foto: ROBERTA ALINE/MDS/16-12-2024)
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Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) revela indícios de irregularidades nos gastos do programa federal Cozinha Solidária, que distribui marmitas a pessoas em situação de rua. A auditoria aponta problemas como a falta de comprovação na entrega das refeições e a ausência de notas fiscais nas compras de alimentos. Além disso, há suspeitas de conflito de interesses no repasse de recursos, com a contratação de entidades ligadas a ex-assessores de parlamentares do PT.
O TCU destaca que não foram apresentados balancetes de despesas ou relatórios que comprovem a efetiva prestação dos serviços. A auditoria incluiu repasses a ONGs como a Cozinha Solidária Madre Teresa de Calcutá, que pertence a uma ex-funcionária de um vereador do PT. O tribunal também identificou que a ONG não estava habilitada para atuar no programa, o que contraria normas estabelecidas para parcerias com a administração pública.
Outras entidades, como a Cozinha Solidária Divino Espírito Santo e o Instituto Rosa dos Ventos, também foram analisadas. O TCU apontou que os documentos apresentados para comprovar a entrega das refeições eram insuficientes, com recibos sem a devida documentação de despesas. Além disso, a contratação de José Renato Mundes Varjão, presidente da Mover Helipa, por meio de sua própria empresa, levanta questões sobre a imparcialidade na gestão dos recursos.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) enfatizou a importância da investigação do TCU para assegurar a transparência no uso dos recursos públicos. O Ministério do Desenvolvimento Social informou que suspendeu pagamentos a quatro ONGs e está colaborando com as investigações do TCU e da Controladoria-Geral da União (CGU). A ONG Mover Helipa, por sua vez, declarou que não recebeu notificações do TCU e se comprometeu a responder a quaisquer questionamentos assim que forem formalmente apresentados.
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