Nova York encerra era de acolhimento a imigrantes em meio a fechamento de albergues

No centro de Manhattan, o hotel The Row se destaca como um refúgio para migrantes, abrigando famílias que fogem da crise. Com 1.300 quartos, o hotel, que antes recebia turistas, agora é um albergue, resultado de um acordo de 40 milhões de dólares com a cidade. Desde 2022, cerca de 4.000 migrantes chegam semanalmente a Nova York, forçando a cidade a oferecer abrigo. A maioria dos inquilinos é de origem latino-americana, com 35% venezuelanos.

O cenário mudou drasticamente, e o governo local anunciou o fechamento de 53 albergues até junho, reduzindo o número de migrantes sob sua responsabilidade de 232.000 para 45.000. Luz Marina, uma mãe venezuelana, expressa sua tristeza ao deixar o hotel The Watson, onde viveu com seus filhos. Ela agora enfrenta desafios diários para levar as crianças à escola em Queens, enquanto busca trabalho e documentação.

O hotel Roosevelt, que acolheu 173.000 migrantes, também está programado para fechar. Gleiber, um residente, relata a falta de apoio da cidade e a necessidade de um emprego. As autoridades afirmam que a situação está melhorando, com a redução do fluxo de migrantes para 350 por semana. No entanto, organizações de assistência expressam preocupação com o fechamento dos abrigos e a possibilidade de que muitos fiquem sem lar.

A crise de imigração em Nova York, que começou em 2022, está em declínio, mas as autoridades enfrentam críticas por sua gestão. A FEMA suspendeu 80 milhões de dólares destinados a abrigos, enquanto a cidade se prepara para encerrar a crise, que, segundo o governo, resultou em uma economia de 5.200 milhões de dólares. A situação dos migrantes continua a ser uma preocupação central, com apelos para garantir abrigo seguro e adequado.