Política

Freio nas políticas de diversidade pode agravar desigualdade de gênero no Brasil

A volta de Donald Trump à Casa Branca levanta preocupações sobre políticas DEI e ESG. Empresas brasileiras, como Natura e Banco do Brasil, se destacam em inclusão. A B3 aumentou a participação feminina em liderança para 31% com programas DEI. Projetos do Senac São Paulo capacitam mulheres vulneráveis, promovendo inclusão. Estudos mostram que diversidade nas lideranças melhora desempenho financeiro das empresas.

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A recente volta de Donald Trump à Casa Branca levanta preocupações sobre a continuidade das políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) e da agenda de ambiental, social e governança (ESG). Empresas americanas como Amazon, Meta e Citigroup já anunciaram a redução ou o fim de suas iniciativas de DEI, gerando receios de que essa tendência se espalhe para o Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 revelam que a taxa de participação feminina na força de trabalho foi de 53,3%, em contraste com 73,2% dos homens, refletindo uma desigualdade que se estende aos cargos de liderança, onde homens ocupam 60,7% das posições.

A coordenadora de DEI da Eccon Soluções Ambientais, Daniele Caetano, destaca que a resistência às políticas de diversidade não se sustenta em dados. Segundo um estudo da McKinsey, a diversidade de gênero e étnica nas lideranças pode aumentar em até 39% a probabilidade de uma empresa ter um desempenho financeiro superior. Na Eccon, 60% dos funcionários são mulheres, com 75% das posições de liderança ocupadas por elas, além de 38% de pessoas negras no quadro. Caetano enfatiza que retroceder nesse debate não é uma opção viável.

Apesar da tendência global, empresas brasileiras como Natura e Banco do Brasil se destacam por manter políticas de diversidade, atraindo capital por suas práticas responsáveis. A vice-presidente da B3, Ana Buchaim, afirma que a agenda ESG é um “caminho sem volta” no mercado financeiro, com investidores cada vez mais exigentes em relação às práticas empresariais. Atualmente, a participação feminina em cargos de liderança na B3 é de 31%, e a bolsa implementa programas de DEI para aumentar essa presença.

Josiane Serrano, gerente do Senac São Paulo, ressalta que a falta de investimento em DEI resulta em ambientes menos inovadores e marginaliza mulheres e grupos vulneráveis. O Senac possui 55% de mulheres em seu quadro, com 50% em cargos de liderança. O programa de “carretas-escola” oferece cursos profissionalizantes e suporte psicológico a 471 mulheres em situação de vulnerabilidade social, promovendo a inserção no mercado de trabalho.

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