15 de mar 2025
Tribunal autoriza Trump a proibir programas de diversidade em agências federais
Tribunal dos EUA autoriza Trump a proibir programas DEI em agências federais. Meta cancela iniciativas DEI, refletindo um movimento conservador nas techs. Queda de 60% no uso do termo DEI entre empresas do S&P 500 em 2024. Pressão social e política influencia empresas a suavizar linguagem sobre diversidade. Futuro do DEI pode integrar se a práticas corporativas, focando em inclusão real.
O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso no Departamento de Justiça (Foto: AFP)
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Um tribunal de segunda instância nos Estados Unidos autorizou o governo de Donald Trump a implementar proibições a programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em agências federais e empresas contratadas pelo governo. A decisão, proferida por um painel do Tribunal de Apelações do Quarto Circuito, em Richmond, Virgínia, suspendeu uma liminar anterior que impedia a aplicação de ordens executivas de Trump sobre o tema. Embora a deliberação permita a implementação das medidas, ela não é definitiva, e um cronograma para ouvir os argumentos será estabelecido, podendo levar meses até uma decisão final.
A pressão sobre empresas de diversos setores, como Victoria’s Secret, Target, Meta e Walmart, resultou em um recuo nas iniciativas de DEI, com algumas abandonando metas de diversidade. A Kohl’s foi a mais recente a remover referências a DEI de seu site, substituindo-as por termos como "inclusão e pertencimento". Uma análise do The New York Times revelou que o uso do termo “diversidade, equidade e inclusão” em relatórios do índice S&P 500 caiu quase 60% em 2024, embora 78% das empresas ainda discutam iniciativas relacionadas, mas com linguagem suavizada.
O conservadorismo social nos Estados Unidos tem influenciado a retração dos investimentos em DEI, especialmente em áreas que promovem a inclusão de grupos marginalizados. Após o assassinato de George Floyd e os protestos do movimento Black Lives Matter, muitas empresas se comprometeram com a diversidade, mas a pressão social começou a se inverter em 2024, levando a um aumento das críticas às políticas de DEI. Trump, desde sua posse, tem atacado diretamente as corporações e promovido uma ordem executiva para investigar práticas de DEI no setor privado.
A queda de investimentos em DEI reflete um clima político polarizado e pressões econômicas. Embora algumas empresas ainda queiram manter suas iniciativas, muitas estão ajustando a linguagem para evitar controvérsias. Pesquisas indicam que programas de DEI podem trazer benefícios econômicos significativos, como atração de talentos e aumento da lucratividade. No Brasil, fatores como instabilidade econômica e a crise climática também impactaram os investimentos em DEI, destacando a necessidade de integrar questões sociais e ambientais nas estratégias corporativas.
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