Policiais e militar sequestrados por dissidentes das Farc são libertados na Colômbia

Os 28 policiais e um militar que estavam em cativeiro desde quinta-feira em um enclave guerrilheiro no sudoeste da Colômbia foram libertados neste sábado, conforme confirmado por uma equipe da AFP. Os agentes foram detidos por membros do Estado-Maior Central (EMC), dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), durante uma operação militar na região de Cauca, conhecida por sua alta concentração de cultivos de drogas.

A libertação ocorreu por volta do meio-dia em um centro comunitário na localidade rural de La Hacienda. Moradores da comunidade, que haviam improvisado uma cerca com cordas, solicitaram que os policiais retirassem seu equipamento antimotim e deixassem o local. Os agentes, em fila e escoltados por moradores, seguiram para a vila vizinha de El Plateado, onde uma comissão da Defensoria do Povo os aguardava.

O major Nilson Bedoya, o único militar do grupo, expressou sua preocupação com a família durante a saída, afirmando que não conseguia parar de pensar em sua esposa e filho. Os policiais foram capturados após confrontos entre a população local e a força pública, em meio a uma operação para combater a violência do narcotráfico.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, havia afirmado que os oficiais seriam liberados "pela sensatez" ou "pela força legítima do Estado". Neste sábado, autoridades do governo de Gustavo Petro se reuniram com os residentes em Popayán para ouvir suas preocupações. O governo propõe um programa de substituição de cultivos para combater a economia do narcotráfico, uma estratégia que alguns moradores consideram uma campanha de "erradicação forçada" das plantações de coca. O major Bedoya reiterou a intenção de trabalhar pela melhoria das condições na região, enfatizando que a força pública é aliada dos camponeses.