Política

Interesse de Trump por minerais críticos gera preocupação no Brasil

O Brasil se destaca como líder em minerais críticos, atraindo interesse dos EUA. Donald Trump busca garantir suprimentos estratégicos, aumentando a competição global. O país possui reservas significativas, como nióbio e lítio, essenciais para tecnologia. Exportações brasileiras em 2024 totalizaram US$ 43,4 bilhões, evidenciando potencial econômico. Parcerias com os EUA podem fortalecer a indústria mineral e a transição energética.

Minério de lítio viaja em correias transportadoras na refinaria Sigma Lithium Xuxa, perto de Itinga, Minas Gerais, Brasil. (Foto: Dado Galdieri/Bloomberg)

Minério de lítio viaja em correias transportadoras na refinaria Sigma Lithium Xuxa, perto de Itinga, Minas Gerais, Brasil. (Foto: Dado Galdieri/Bloomberg)

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O interesse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em aumentar as aquisições de minerais críticos e estratégicos é monitorado de perto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e pelo setor de mineração brasileiro. Trump, que já fez ameaças sobre a Groenlândia e pressiona a Ucrânia por direitos de exploração, vê a oferta desses minerais como uma questão de geopolítica. O Brasil possui reservas significativas de minerais como cobre, lítio, silício e terras raras, essenciais para a indústria moderna.

Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), acredita que o governo americano deve abordar o Brasil sobre esses recursos. Ele destaca que dos 51 minerais que os EUA precisam, 16 são importados, e critica a abordagem colonialista de Trump. Ronaldo Carmona, professor da Escola Superior de Guerra, ressalta que o Brasil, com a maior reserva de nióbio do mundo e outras reservas importantes, pode se tornar um grande jogador na disputa global por esses recursos.

O crescente interesse dos EUA reflete uma estratégia para fortalecer suas cadeias de suprimento e reduzir dependências externas, segundo Bruno Drummond, da Drummond Advisors. Em 2024, o Brasil exportou cerca de 400 milhões de toneladas de minérios, gerando aproximadamente US$ 43,4 bilhões. Drummond aponta que o Brasil pode se beneficiar ao aprimorar sua governança e padrões ambientais, consolidando sua presença no mercado americano.

Os minerais críticos são fundamentais para o desenvolvimento econômico e tecnológico. O nióbio é vital para a indústria siderúrgica, enquanto o lítio é essencial para baterias de veículos elétricos e dispositivos eletrônicos. O silício é utilizado em semicondutores e células solares, e as terras raras são indispensáveis para tecnologia moderna. O Ministério de Minas e Energia do Brasil destaca que a balança comercial para esses minerais é positiva, com exportações gerando US$ 6,3 bilhões em 2024. O Brasil busca parcerias estratégicas com países como os EUA para ampliar sua participação na oferta global desses recursos.

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