Política

Lula intensifica discurso sobre inflação e busca reconquistar apoio popular

A popularidade de Lula caiu para 24%, a menor em seus mandatos, devido à inflação. O presidente ajustou seu discurso, enfatizando a inflação e ouvindo trabalhadores. Sidônio Palmeira, novo chefe da Secom, busca melhorar a comunicação do governo. Lula aumentou menções a educação e seu adversário Jair Bolsonaro em discursos. O governo anunciou o fim das taxas de importação para itens essenciais, como carne.

Presidente Lula na cerimônia de posse de Sidônio Palmeira no cargo de Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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Diante de sua menor popularidade em três mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula tem ajustado seu discurso para mitigar os impactos da inflação dos alimentos e conquistar novos segmentos do eleitorado. Um levantamento do GLOBO, que analisou 81 pronunciamentos do presidente, revela que ele passou a enfatizar o aumento do custo de vida e a se aproximar de trabalhadores de aplicativo e empreendedores. Essa mudança coincide com a chegada de Sidônio Palmeira à chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que visa melhorar a divulgação das ações do governo, crucial para as eleições de 2026.

A aprovação de Lula, segundo o Datafolha, caiu para 24%, o menor índice de sua trajetória presidencial. O vocabulário do presidente também se adaptou, com termos como “reajuste” e “preços” ganhando destaque. Antes da posse de Sidônio, Lula mencionou a inflação apenas três vezes, número que saltou para 32 após sua chegada. A alta dos preços, especialmente dos alimentos, é vista como um fator significativo para a queda de popularidade, com uma pesquisa da Quatest indicando que 90% da população percebeu o aumento nos preços.

Recentemente, o governo anunciou a eliminação das taxas de importação para itens como carne e café. Lula afirmou que tomará “atitudes mais drásticas” se as medidas atuais não forem eficazes. O presidente também começou a abordar mais frequentemente temas relacionados ao trabalho, como “profissão” e “salário”, reconhecendo a mudança nas aspirações dos jovens, que buscam ser empreendedores em vez de buscar empregos formais.

A nova estratégia de comunicação inclui um tom mais informal e dinâmico, com Lula realizando entrevistas e interações em veículos do interior. Um dos momentos marcantes foi um pronunciamento em rede aberta em fevereiro, onde ele apresentou iniciativas como o Pé-de-Meia. Além disso, o presidente aumentou as menções ao seu adversário político, Jair Bolsonaro, comparando a inflação de seus mandatos. Apesar da intensificação da comunicação, Lula cometeu deslizes, como ao sugerir que a população não comprasse itens caros, o que gerou críticas e evidenciou a fragilidade da comunicação do governo.

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