Política

Governo sírio e forças curdas selam acordo histórico para integrar nordeste ao Estado

Acordo histórico integra as Forças Democráticas Sírias ao Estado sírio. Cessar fogo nacional garante direitos aos curdos e redefine governança. Fim da operação militar síria resultou em 1,5 mil mortos, gerando condenações. A escalada de violência foi desencadeada por ataques de apoiadores de Assad. A situação complexa envolve a oposição da Turquia e mudanças na política dos EUA.

Presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, aperta a mão do comandante-chefe das Forças Democráticas Sírias, Mazloum Abdi, após acordo. (Foto: AFP via SANA)

Presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, aperta a mão do comandante-chefe das Forças Democráticas Sírias, Mazloum Abdi, após acordo. (Foto: AFP via SANA)

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O governo sírio anunciou um acordo histórico com as Forças Democráticas Sírias (SDF), lideradas pelos curdos, para integrar suas instituições ao Estado sírio. A cerimônia de assinatura, realizada nesta segunda-feira, contou com a presença do presidente interino, Ahmed al-Sharaa, e do comandante das SDF, Mazloum Abdi. O acordo prevê a fusão de todas as instituições civis e militares no nordeste da Síria à administração de Damasco, incluindo travessias de fronteira, aeroportos e campos de petróleo e gás.

As discussões sobre a integração das SDF estavam em andamento desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro, mas foram dificultadas por divisões resultantes de anos de guerra. As SDF, que mantinham uma posição ambígua em relação a al-Assad, foram acusadas de serem aliadas do regime. O acordo também estabelece um cessar-fogo nacional e garante aos curdos cidadania e direitos constitucionais, além do compromisso das SDF em combater militantes pró-Assad.

A aliança das SDF com os EUA e sua ligação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado terrorista por vários países, pode complicar a situação. A Turquia já se opôs às SDF, realizando ataques na região. O momento do acordo coincide com mudanças na política dos EUA, onde o ex-presidente Donald Trump afirmou que a Síria é uma "bagunça" e que os EUA não deveriam se envolver.

Além disso, o Ministério da Defesa da Síria anunciou o fim de uma operação militar que resultou em cerca de 1,5 mil mortos na região costeira, acusada de "limpeza étnica sistemática" contra a minoria alauita. O porta-voz do ministério, Hassan Abdul Ghani, afirmou que as forças sírias neutralizaram as células de segurança remanescentes do regime. A escalada de violência começou com ataques de apoiadores de Assad em Jablé, levando a uma resposta militar severa do governo. Organizações internacionais e governos condenaram a operação, com a Federação de Alauitas na Europa denunciando a situação como uma limpeza étnica.

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