Política

Metas climáticas da América Latina: Brasil, Uruguai e Equador lideram compromissos

Brasil, Uruguai e Equador apresentaram novas NDCs, com Brasil prometendo 67% de redução. Uruguai manteve suas metas, enquanto Equador propôs cortes de 7% e 8% condicionais. A COP30, em novembro no Brasil, será crucial para discutir compromissos climáticos. Metas atuais indicam aquecimento de 2,6 °C a 3,1 °C até 2030, longe do ideal. América Latina, com menos de 10% das emissões globais, é vulnerável a desastres climáticos.

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Desde a assinatura do Acordo de Paris em 2015, as nações signatárias se comprometeram a apresentar, a cada cinco anos, metas mais ambiciosas para conter o aquecimento global. As contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) visam limitar o aumento da temperatura do planeta a até 1,5 °C até o final do século. Contudo, as metas atuais, válidas até 2030, indicam um aquecimento entre 2,6 °C e 3,1 °C. Este ano, os países têm a oportunidade de redefinir suas metas para 2035, mas até agora apenas 21 dos 195 membros cumpriram o prazo, com Brasil, Uruguai e Equador representando a América Latina.

A região, que responde por menos de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa, é vulnerável às mudanças climáticas e enfrenta desafios para reduzir suas emissões, recebendo apenas 17% do financiamento climático anual. Apesar das metas, as emissões continuam a crescer em países como Brasil e México. Alejandra López, da organização Transforma, destacou que as NDCs são uma chance de repensar modelos de desenvolvimento, enfatizando a necessidade de ações concretas para alcançar a neutralidade de carbono.

O Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões entre 59% e 67% até 2035, comparado a 2005. O vice-presidente Geraldo Alckmin classificou a nova NDC como “ambiciosa, mas realista”, embora especialistas como Claudio Angelo a considerem insuficiente para atender à meta de 1,5 °C. O plano brasileiro inclui a meta de zerar o desmatamento, mas não reafirma o compromisso anterior de desmatamento zero até 2030. O Uruguai, por sua vez, manteve sua meta de emissões inalterada, enquanto o Equador propôs cortes de 7% até 2035, dependendo de financiamento internacional.

O Chile apresentou uma versão preliminar de sua NDC, com metas de emissão de 1,1 bilhão de toneladas de CO₂ até 2030 e um pico de emissões até 2025. O país busca expandir áreas protegidas e integrar mudanças climáticas em novos projetos de infraestrutura. A COP30, que ocorrerá no Brasil em novembro, será uma oportunidade para que mais países apresentem suas NDCs, com a expectativa de que os compromissos climáticos se tornem mais robustos e eficazes.

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