11 de mar 2025
Disputa interna no PT se intensifica com resistência à candidatura de Edinho Silva
O PT enfrenta uma crise interna sobre a candidatura de Edinho Silva à presidência. Lula reforçou apoio a Edinho, mas a ala opositora pressiona por alternativas. Washington Quaquá, líder da oposição, critica a falta de apoio a Edinho. A disputa envolve controle do fundo eleitoral de R$ 619,8 milhões do partido. Humberto Costa, presidente interino, defende unidade para fortalecer o PT em 2026.
O prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT) (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)
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Na última quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma reunião com dirigentes da corrente majoritária do PT, a Construindo um Novo Brasil (CNB), onde foram discutidas as resistências à candidatura de Edinho Silva à presidência do partido. Durante o encontro, Lula questionou os presentes sobre um plano alternativo, já que Edinho enfrentava forte oposição. No entanto, as sugestões apresentadas foram rapidamente descartadas, e não restaram opções viáveis para contrabalançar a candidatura de Edinho, que deve ser oficializada em breve.
O vice-presidente do PT, Washington Quaquá, expressou sua convicção de que Lula não apoiará Edinho caso a resistência à sua candidatura aumente. Quaquá, que faz parte da ala que se opõe a Edinho, afirmou que o ex-prefeito não possui o apoio necessário da base e do comando em estados-chave. A divisão interna foi evidenciada em um jantar onde líderes do partido pressionaram Lula a não apoiar Edinho, que, por sua vez, reagiu com indignação ao vazamento das conversas, acusando o grupo de tentar desestabilizá-lo.
Enquanto isso, o senador Humberto Costa, presidente interino do PT, defendeu a necessidade de união dentro do partido, especialmente com vistas às eleições de 2026. Ele ressaltou a importância de ampliar alianças, incluindo partidos do centrão, e afirmou que a unidade é crucial para garantir a continuidade das conquistas do PT. Costa também mencionou que o partido deve trabalhar para uma candidatura única ao comando, buscando minimizar os conflitos internos.
A disputa pela presidência do PT reflete uma divisão significativa entre as alas da CNB, com Edinho sendo o candidato mais cotado, apoiado por figuras como José Dirceu e ministros do governo. Em contrapartida, a ala ligada a Gleisi Hoffmann defende a candidatura de José Guimarães. A situação se complica com a proximidade das eleições internas, previstas para julho, e a necessidade de o partido se apresentar coeso em um momento de crise de popularidade e governabilidade.
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