12 de mar 2025
Escândalo de cassinos leva à queda do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro
O primeiro ministro de Portugal, Luís Montenegro, foi destituído após moção de confiança. A crise foi provocada por escândalo envolvendo sua empresa familiar, Spinumviva. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, considera eleições antecipadas em maio. A Procuradoria Geral da República investiga Montenegro por conflito de interesse. Montenegro se defende e pode se candidatar novamente, mesmo sob investigação.
Foto: Reprodução
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O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, foi destituído de seu cargo após a Câmara dos Deputados rejeitar uma moção de confiança na última terça-feira. A crise política foi desencadeada por um escândalo envolvendo a empresa de consultoria Spinumviva, de propriedade de sua família, que mantém contratos com diversas empresas, incluindo o grupo Solverde, que opera hotéis e cassinos sob concessões estatais. Revelações da imprensa indicam que a esposa e os filhos de Montenegro são sócios da Spinumviva, que presta serviços de compliance e proteção de dados.
Montenegro, que foi advogado da Solverde antes de assumir o cargo, enfrentou críticas por um suposto conflito de interesses, já que, mesmo após deixar a empresa em 2022, ele poderia se beneficiar dos lucros da consultoria. O líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, acusou Montenegro de receber pagamentos enquanto era primeiro-ministro, e a Spinumviva continuou a receber valores do grupo Solverde, que totalizam 4.500 euros mensais desde julho de 2021.
Após a queda de Montenegro, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa se reuniu com líderes partidários para discutir a convocação de eleições antecipadas, que podem ocorrer em 11 ou 18 de maio. O presidente tem a opção de formar um novo governo ou dissolver o Parlamento. A situação política se complica ainda mais com a abertura de uma averiguação preventiva pela Procuradoria-Geral da República sobre a Spinumviva, embora até o momento não haja indícios suficientes para uma investigação formal contra Montenegro.
A Assembleia Nacional votou contra a moção de confiança com 142 votos contrários e 88 favoráveis, resultando na terceira eleição geral em três anos. A crise foi acentuada por escândalos envolvendo a empresa familiar de Montenegro, que levantaram preocupações sobre a corrupção na política portuguesa. A pressão da oposição e a insatisfação popular em relação à gestão do governo podem influenciar o cenário eleitoral, com o Partido Socialista liderando as intenções de voto em pesquisas recentes.
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