12 de mar 2025
Juiz garante ligações privadas a ativista palestino detido por agentes de Trump
Mahmoud Khalil, ativista palestino, foi detido por agentes de imigração dos EUA. Juiz federal permitiu duas ligações privadas com advogados para contestar prisão. Governo alega que Khalil tem vínculos com o Hamas, levantando questões de liberdade. Protestos em apoio a Khalil ocorreram, com manifestantes pedindo sua libertação. Caso destaca tensões entre liberdade de expressão e políticas de imigração dos EUA.
Mahmoud Khalil, residente permanente e defensor da causa palestina (Foto: Marco Postigo Storel / New York Times)
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Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu que o ativista palestino Mahmoud Khalil, detido por agentes de imigração, poderá realizar duas ligações telefônicas privadas com seus advogados, sem monitoramento do governo. Khalil, formado pela Universidade Columbia e residente permanente nos EUA, foi um dos líderes dos protestos contra a guerra na Faixa de Gaza no ano passado. Seus advogados alegam que sua prisão viola o direito à liberdade de expressão garantido pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
Durante uma audiência no tribunal federal de Manhattan, o advogado Ramzi Kassem informou que Khalil só conseguiu fazer uma ligação monitorada e interrompida, dificultando a defesa. O juiz Jesse Furman não decidiu imediatamente sobre a prisão, mas garantiu que Khalil teria as ligações privadas, permitindo que seus advogados preparassem uma petição contestando a constitucionalidade da detenção. Khalil permanece detido na Louisiana, onde as condições de detenção são consideradas precárias.
Na segunda-feira, Furman bloqueou temporariamente a tentativa do governo Trump de deportar Khalil, afirmando que ele não seria removido até que o tribunal analisasse a petição. Centenas de manifestantes se reuniram em apoio a Khalil, clamando por sua libertação e criticando a repressão à liberdade de expressão. A prisão de Khalil levantou preocupações sobre as proteções constitucionais, especialmente em um contexto de crescente repressão a protestos nas universidades.
O Departamento de Segurança Interna alegou que Khalil estava ligado a atividades associadas ao Hamas, uma organização considerada terrorista. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que Khalil abusou do privilégio de estudar nos EUA ao se aliar a terroristas. Ela mencionou que a Columbia não estava colaborando com as autoridades para identificar outros envolvidos em atividades pró-Hamas, indicando uma postura firme do governo em relação a protestos e liberdade de expressão nas instituições de ensino.
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