Novo terminal de ônibus em São Paulo facilitará integração com estação da Luz

O novo terminal de ônibus que substituirá o terminal Princesa Isabel, no centro de São Paulo, receberá um investimento de R$ 37 milhões e será construído próximo à estação da Luz, facilitando a integração com metrô e trens. A SPTrans confirmou que o terminal ocupará uma área atualmente utilizada como estacionamento de viaturas da Polícia Civil, entre a avenida Cásper Líbero e a rua Brigadeiro Tobias. O presidente da CPP (Companhia Paulista de Parcerias), Edgard Benozatti, destacou que a localização permitirá acesso direto a duas linhas de metrô e quatro de trens, sem necessidade de conexões especiais.

O projeto visa aliviar o tráfego na região da Luz, que já enfrenta problemas de saturação. Benozatti afirmou que a concessionária responsável terá a obrigação de realizar estudos para entender os potenciais impactos e propor soluções. Além disso, outros projetos de transporte, como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e a nova estação Bom Retiro da CPTM, devem melhorar a infraestrutura de transporte público na área. O terminal custará R$ 37 milhões, parte de um investimento total de R$ 5 bilhões no projeto do centro administrativo.

As obras devem começar no primeiro ano do contrato de PPP (Parceria Público-Privada), com conclusão prevista para o segundo ano. A transferência para o novo terminal ocorrerá somente quando ele estiver em plena operação. O leilão para a seleção da empresa responsável pela construção, operação e manutenção do terminal deve acontecer nos próximos meses, com a assinatura do contrato prevista para o final de 2025. A Praça Princesa Isabel, onde atualmente funciona o terminal, pertence à Prefeitura de São Paulo, que enviou um projeto à Câmara para viabilizar a doação do espaço ao governo estadual.

O governo estadual planeja transferir sua sede do Morumbi para o centro, com a construção de 12 novos prédios para abrigar o gabinete do governador e as secretarias estaduais. O projeto também prevê a desapropriação de 230 imóveis na região dos Campos Elíseos, gerando resistência entre moradores e comerciantes. Benozatti afirmou que a CPP está trabalhando para minimizar os impactos e garantir transparência no processo, utilizando padrões internacionais para assegurar que as desapropriações sejam justas. A CPP está realizando uma consulta pública até 13 de março para ouvir a população sobre o projeto.