Política

Washington deixa de ser considerada ‘cidade santuário’ sob pressão de Trump

A prefeita de Washington, D.C., Muriel Bowser, mudou sua postura sobre imigração. A cidade, antes considerada "santuário", não pode garantir proteção contra deportações. Pressões do governo Trump e cortes orçamentários influenciaram a decisão de Bowser. A remoção de um mural de Black Lives Matter evidencia a adaptação da prefeita. Organizações de apoio a imigrantes enfrentam dificuldades financeiras devido a cortes.

Muriel Bowser em Washington em 6 de janeiro de 2023. (Foto: Patrick Semansky/AP)

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As ameaças de Donald Trump e a pressão de um Congresso alinhado às suas vontades estão impactando Washington, D.C., que tradicionalmente acolhe imigrantes independentemente de seu status. As autoridades do Distrito de Columbia decidiram não mais se definir como uma "cidade santuário", que não coopera com o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega) na detenção de imigrantes indocumentados. Um indicativo dessa mudança é a remoção de uma página do site do governo local que reafirmava o status de cidade santuário, anteriormente defendido pela prefeita Muriel Bowser.

Em declarações anteriores, Bowser havia enfatizado a importância de Washington como um espaço seguro para todos os residentes, independentemente de sua situação migratória. No entanto, em uma recente coletiva de imprensa, ela admitiu que não utiliza mais o termo "cidade santuário", alegando que isso poderia dar uma falsa impressão de que a cidade é um lugar seguro para violar leis de imigração. Essa mudança de postura parece ser uma resposta à pressão exercida por Trump, que já manifestou seu desejo de controlar a capital do país.

Além disso, o orçamento de D.C. está em risco, com cortes que podem chegar a R$ 1 bilhão, o que afetaria serviços essenciais, incluindo aqueles voltados para imigrantes. Abel Núñez, presidente da CARECEN, destacou que sua organização já sente os efeitos das reduções orçamentárias e que a linguagem não confrontacional se tornou uma estratégia para garantir a sobrevivência de serviços essenciais à comunidade. A administração Trump tem pressionado as cidades santuário, ameaçando cortar fundos federais se não cooperarem com as deportações.

A situação é complexa, com a prefeita tentando equilibrar a manutenção de sua autoridade e a proteção dos serviços para a comunidade. Propostas para a reintegração de D.C. a Maryland foram levantadas, mas a maioria dos residentes de Maryland se opõe a essa ideia. Enquanto isso, Bowser continua a buscar formas de garantir recursos para a cidade, reconhecendo que o nome "santuário" pode não ser o mais relevante neste momento, mas que o financiamento para apoiar a comunidade é crucial.

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