14 de mar 2025
Cármen Lúcia e Maria Elizabeth Rocha clamam por mais mulheres no Judiciário brasileiro
Cármen Lúcia e Maria Elizabeth Rocha são líderes na luta pela igualdade de gênero no Judiciário. Maria Elizabeth é a primeira mulher a presidir o STM em 217 anos de história. Em seu discurso, ela priorizou a igualdade de gênero, evitando temas polêmicos. A indicação de Verônica Sterman ao STM simboliza um avanço na representatividade feminina. O cenário político ainda é marcado por machismo, refletindo desafios persistentes.
O presidente Lula, durante discurso na tarde desta quarta-feira (12) (Foto: Canal Gov/Youtube)
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Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem se destacado como defensora dos direitos das mulheres em um cenário político ainda permeado por discursos machistas. Em suas declarações, ela criticou a substituição de mulheres por homens em cargos de poder, especialmente no Judiciário, ressaltando que essa prática é “inaceitável” e contraria os princípios de igualdade. A ministra também apontou a desproporcional representação feminina nos cargos públicos, enfatizando a necessidade de ações para corrigir essa disparidade.
A posse de Maria Elizabeth Rocha como a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal Militar (STM) marca um avanço significativo. Em seu discurso, ela expressou orgulho de ser feminista e destacou a importância da presença feminina em todos os espaços de poder. A indicação de Verônica Sterman, apoiada por figuras como a primeira-dama Janja e a ministra Gleisi Hoffmann, para uma vaga no STM, reforça essa luta pela equidade de gênero. Se aprovada pelo Senado, Verônica se tornará a segunda mulher a ocupar um cargo de ministra na história do tribunal.
No entanto, o discurso de Maria Elizabeth na posse não mencionou os atos golpistas de 8 de Janeiro, evitando polêmicas em um evento com presença militar significativa. A escolha do Teatro Nacional de Brasília para a cerimônia também gerou controvérsias, refletindo a resistência interna à sua liderança progressista. A ministra optou por priorizar a agenda de igualdade de gênero, afirmando que “é extremamente frustrante” que o presidente Lula tenha indicado mais homens do que mulheres para o Judiciário.
Maria Elizabeth defende a indicação da desembargadora Daniele Maranhão para uma das vagas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o presidente Lula ainda não demonstrou pressa em fazer novas nomeações. A recente indicação de Verônica Sterman pode ser uma estratégia para amenizar críticas sobre a falta de mulheres em cargos de destaque, mas a pressão por mais representatividade feminina no Judiciário continua a ser um tema central nas discussões políticas atuais.
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