Americanos divididos sobre os cortes de Trump: alívio ou prejuízo para o país?

A decisão dos Democratas no Senado de permitir que os Republicanos aprovem um projeto de lei de gastos evitará uma paralisação temporária do governo, mas também dará aos Republicanos a capacidade de conceder ao presidente Donald Trump maior controle sobre os gastos ao longo do ano. Essa retirada tática dos Democratas significa que o governo permanecerá em funcionamento, permitindo que Trump continue com as mudanças sistêmicas e cortes profundos que já implementou, sem a necessidade de aprovação do Congresso. Agências como o Departamento de Educação e a NASA já enfrentaram demissões significativas, e uma grande redução de força de trabalho federal é esperada em breve.

Uma pesquisa da CNN, realizada pela SSRS, revelou que 22% dos adultos americanos acreditam que os cortes do governo de Trump beneficiarão suas famílias, enquanto 51% afirmam que os cortes os prejudicarão. Além disso, 55% dos entrevistados acreditam que os cortes afetarão negativamente a economia. Embora 29% dos que esperam impactos já tenham sentido efeitos, a maioria, 71%, acredita que as consequências virão no futuro. Entre os que se preocupam com os cortes, 19% mencionaram impactos na saúde ou nos preços, com preocupações específicas sobre Medicare e Medicaid.

Os cortes no auxílio externo resultaram em demissões não apenas de trabalhadores da USAID, mas também de contratados em outros países, como evidenciado pela demissão de 2.000 funcionários da Johns Hopkins University. Além disso, há preocupações sobre os impactos nos Institutos Nacionais de Saúde e na manutenção de parques, com a Departamento de Assuntos dos Veteranos prometendo que os cuidados não serão afetados, mas com a intenção de reduzir sua força de trabalho. Os cortes também podem elevar os preços dos alimentos, especialmente devido a tarifas sobre o Canadá e o México, além de uma epidemia de gripe aviária que afetou os preços dos ovos.

Por outro lado, uma minoria de americanos acredita que os cortes podem trazer benefícios, como a redução de impostos e a diminuição da inflação. Alguns veem os cortes como um símbolo de que o governo não gasta em benefício próprio. Embora haja discussões sobre um possível "dividendo DOGE", uma compensação única para os contribuintes, a ideia ainda não ganhou força. Os cortes propostos por Trump e Elon Musk focam em ajuda externa e gastos não relacionados à defesa, mas para impactar significativamente os gastos, será necessário abordar questões mais controversas, como Segurança Social e Medicare.