15 de mar 2025
Canadá revisa contrato de caças F-35 em resposta a tarifas de Trump
O primeiro ministro Mark Carney revisa contrato de US$ 13,2 bilhões com Lockheed Martin. A decisão responde a tarifas de Donald Trump e pressões por gastos em defesa. Carney pediu análise de alternativas para atender melhor às necessidades canadenses. O Canadá enfrenta pressão para gastar 2% do PIB em defesa, desafiando compromissos. Outros países, como Portugal, também reconsideram contratos com fornecedores dos EUA.
Mark Carney, novo líder do Partido Liberal do Canadá e premier do país recém empossado (Foto: Dave Chan / AFP)
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O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, determinou uma revisão do contrato com a Lockheed Martin para a aquisição de caças F-35, em resposta às tarifas e à retórica do presidente Donald Trump. A decisão, anunciada logo após sua posse, visa avaliar se o acordo de US$ 13,2 bilhões (aproximadamente R$ 75,5 bilhões) para a compra de 88 caças é o melhor investimento para o país. Carney pediu ao ministro da Defesa, Bill Blair, que trabalhasse com as forças armadas para explorar "outras opções" que possam atender melhor às necessidades canadenses.
O contrato, finalizado em 2023, comprometeu o Canadá a financiar os primeiros 16 caças, mas não foi cancelado. Um porta-voz do ministério afirmou que o governo irá garantir que o acordo atual seja do interesse dos canadenses e das Forças Armadas. Blair, em sua primeira declaração sobre o assunto, destacou a importância de revisar o contrato em uma entrevista à Canadian Broadcasting.
O Canadá enfrenta pressão para investir 2% do PIB em defesa, especialmente diante das críticas de Trump sobre a dependência canadense em relação aos EUA. Carney, durante a corrida pela liderança do Partido Liberal, enfatizou a necessidade de redirecionar o orçamento militar para o Canadá, em vez de continuar a gastar a maior parte em contratos com os EUA.
Além disso, outros países, como Portugal, também estão reconsiderando suas opções de defesa. O ministro da Defesa português mencionou a "previsibilidade de nossos aliados" e a recente posição dos EUA na OTAN como fatores que influenciam essa decisão, conforme reportado pelo Publico.
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