11 de abr 2025
Canadá reafirma soberania no Ártico e intensifica presença militar em resposta a ameaças dos EUA
### EUA e Canadá intensificam tensões no Ártico com planos militares e disputas territoriais O primeiro ministro do Canadá, Mark Carney, reafirmou a soberania canadense no Ártico e anunciou um robusto plano militar em resposta às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca anexar a Groenlândia. Durante sua visita a Iqaluit, Carney revelou um investimento significativo em defesa e um acordo com a Austrália para desenvolver tecnologia de radar avançada, visando proteger a região de ameaças emergentes. O Ártico, cada vez mais acessível devido às mudanças climáticas, se tornou um ponto focal de interesse geopolítico, com recursos naturais valiosos e rotas de transporte estratégicas. A presença militar dos EUA na Groenlândia, estabelecida desde a 2ª Guerra Mundial, é vista como crucial para a segurança nacional americana, especialmente em um cenário de crescente atividade russa e chinesa na área. Trump, insatisfeito com o acordo de defesa existente entre os EUA e a Dinamarca, expressou a intenção de aumentar a presença militar e até mesmo considerar a Groenlândia como parte dos Estados Unidos. A Dinamarca, por sua vez, planeja investir em renovação militar na região, enquanto o Canadá busca aumentar seu orçamento de defesa para lidar com as pressões externas. A corrida por recursos, como terras raras e petróleo, intensifica a disputa, com analistas alertando que a exploração no Ártico enfrenta desafios significativos, incluindo altos custos e infraestrutura limitada. A situação no Ártico, portanto, não é apenas uma questão de segurança, mas também uma corrida por recursos que pode redefinir o equilíbrio de poder global.
Iceberg derrete em Fiorde Scoresby, Groenlândia (Foto: Olivier Morin/AFP)
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Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, anunciou um plano militar para o Ártico durante sua visita a Iqaluit em março. A medida visa reforçar a soberania canadense em resposta às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que manifestou interesse em anexar a Groenlândia e aumentar a presença militar na região.
O plano inclui um investimento significativo em defesa e um acordo com a Austrália para desenvolver um radar avançado, capaz de detectar mísseis hipersônicos. O Ártico, rico em recursos naturais e terras raras, tem atraído atenção crescente devido às mudanças climáticas que tornam a área mais acessível. A presença militar dos EUA na Groenlândia, estabelecida por um acordo de defesa de 1951, é um ponto central nas tensões geopolíticas atuais.
Trump já havia expressado interesse em comprar a Groenlândia, citando preocupações de segurança nacional. O vice-presidente americano, J.D. Vance, criticou a Dinamarca por não garantir a segurança do território. A Dinamarca, por sua vez, planeja aumentar seus investimentos em defesa no Ártico, prevendo um comportamento agressivo da Rússia na região.
O Canadá também busca aumentar seu investimento em segurança, com planos de elevar o orçamento de defesa para dois por cento do PIB até 2032. Especialistas alertam que a exploração de recursos no Ártico é complexa e cara, e que o fluxo de tráfego marítimo na região permanece baixo, apesar das novas rotas. A busca por terras raras e recursos energéticos continua a ser um fator motivador para as potências envolvidas.
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