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15 de mar 2025

Fusão do estado do Rio completa 50 anos e revela desafios ainda não superados

A fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara ocorreu em 1975, marcada por disputas políticas. Mauro Osório destaca a necessidade de integrar o estado para enfrentar crises sociais atuais. A fusão foi imposta pela Ditadura Militar, visando reduzir a influência política da Guanabara. Osório critica práticas clientelistas que perpetuam desigualdades e desestruturação da máquina pública. Ele propõe um debate sobre mortalidade materna e desemprego juvenil nas eleições de 2026.

Foto:Reprodução

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Em 15 de março de 1975, os mapas do Brasil foram alterados com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, um processo planejado desde a década de 1950. Mauro Osório, doutor em Planejamento Urbano e professor da UFRJ, explica que a ideia surgiu durante o governo de Juscelino Kubitschek, visando integrar as duas regiões metropolitanas. A Federação das Indústrias do Estado da Guanabara apoiava a fusão para manter a relevância fluminense frente ao crescimento de São Paulo.

Embora um acordo político tenha sido discutido, a fusão não ocorreu nos anos 1960 devido à oposição de Nelson Carneiro, que temia perder influência política. Osório argumenta que a não fusão aprofundou desigualdades na região metropolitana, com muitos empregos na capital, enquanto a União financiava investimentos públicos. Carlos Lacerda, governador da Guanabara, buscou aumentar receitas, mas a fusão poderia ter proporcionado mais recursos para um desenvolvimento mais equitativo.

A fusão de 1975 foi imposta pela Ditadura Militar, com poucos debates, e muitos historiadores a veem como uma estratégia para diminuir a influência política da Guanabara, um reduto opositor. Osório critica os métodos da ditadura, mas reconhece a necessidade da fusão, destacando que as crises econômicas subsequentes foram mais influenciadas por práticas clientelistas do que pela fusão em si.

Para 2025, Osório sugere uma reflexão sobre a integração do estado do Rio, evitando práticas clientelistas que desestruturaram a máquina pública. Ele propõe um debate sobre questões urgentes, como a alta taxa de mortalidade materna e o desemprego juvenil, que atinge 19%, superando a média do Norte e Nordeste do Brasil.

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