Política

Bukele ironiza decisão judicial dos EUA e celebra chegada de deportados em El Salvador

O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ironizou decisão judicial dos EUA sobre deportações. Mais de 200 deportados, supostos membros do Tren de Aragua, chegaram ao Cecot. Bukele busca aumentar o número de deportados, vendo os como fonte de renda. A Casa Branca enfrenta questionamentos legais sobre a legalidade das deportações. O Cecot, inaugurado em 2023, é criticado por condições desumanas e superlotação.

Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, durante discurso em San Salvador (Foto: Marvin RECINOS / AFP)

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Na manhã de domingo, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, confirmou a chegada de quase 300 deportados dos Estados Unidos, acusados de integrar a organização criminosa Tren de Aragua. Bukele usou sua conta na rede social X para zombar de uma decisão judicial americana que barrava a deportação, afirmando: “Ooops, tarde demais”. A deportação ocorreu após um juiz de Washington emitir uma ordem de suspensão, mas os voos já estavam em andamento. Entre os deportados, estavam 238 homens identificados como membros do Tren de Aragua e 23 da gangue MS-13.

O Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot), inaugurado em 2023, foi o destino dos deportados. Este presídio, conhecido por suas condições extremas e superlotação, abriga detentos em celas degradantes. Miguel Sarre, ex-membro do Subcomitê da ONU para a Prevenção da Tortura, descreveu o Cecot como “um buraco negro dos direitos humanos”. Bukele, que tem promovido uma política de encarceramento em massa, vê nos deportados uma oportunidade financeira, com os EUA pagando US$ 20 mil por detento anualmente, totalizando US$ 6 milhões para El Salvador.

A Casa Branca negou ter violado a ordem judicial, afirmando que os voos já estavam em curso quando a decisão foi emitida. A secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, argumentou que a ordem do juiz não tinha base legal e criticou a atuação do magistrado. Especialistas jurídicos, no entanto, questionam a legalidade das deportações, ressaltando que deportar cidadãos americanos seria inconstitucional. A situação levanta preocupações sobre a condução das políticas de imigração e a segurança nacional.

As deportações fazem parte de uma estratégia mais ampla do governo Trump, que invocou a Lei do Inimigo Estrangeiro para justificar a ação. Essa legislação, raramente utilizada, permite a deportação rápida de indivíduos considerados ameaças à segurança nacional. A decisão de deportar cidadãos venezuelanos foi amplamente criticada, com o governo da Venezuela chamando a medida de “criminalização infame” dos migrantes. A situação continua a gerar debates sobre direitos humanos e a eficácia das políticas de imigração dos EUA.

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