Política

Comandante do Exército visita general Braga Netto e ignora polêmica sobre prisão

Walter Braga Netto, ex ministro da Defesa, está preso há 88 dias por golpe. General Tomás Paiva fez visita protocolar, sem abordar tensões entre eles. Braga Netto orientou ataques contra Paiva, considerado "melancia" por bolsonaristas. Cúpula das Forças Armadas critica prisões preventivas e imagem da instituição. Investigação avança, com 24 dos 34 denunciados sendo militares, gerando descontentamento.

O comandante do Exército Brasileiro, Tomás Paiva, e o ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o general Walter Braga Netto (Foto: Fotos de Cristiano Mariz/O Globo e Alexandre Cassiano/O Globo)

O comandante do Exército Brasileiro, Tomás Paiva, e o ex-candidato a vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o general Walter Braga Netto (Foto: Fotos de Cristiano Mariz/O Globo e Alexandre Cassiano/O Globo)

Ouvir a notícia

Comandante do Exército visita general Braga Netto e ignora polêmica sobre prisão - Comandante do Exército visita general Braga Netto e ignora polêmica sobre prisão

0:000:00

Na visita do comandante do Exército, general Tomás Paiva, ao ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, o foco foi em questões protocolares, como o estado de saúde do general e a situação de sua família. Braga Netto, que está preso há 88 dias em uma instalação militar no Rio, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula. A visita, que durou 15 minutos, fez parte de uma rotina do comandante para verificar as condições dos detentos militares.

Apesar da formalidade do encontro, a relação entre Paiva e Braga Netto é tensa. Investigações da Polícia Federal revelaram que Braga Netto orientou ataques nas redes sociais contra Paiva e outros generais, considerados por ele como "esquerdistas". Durante a visita, Paiva não abordou esses conflitos, considerando o tema um “não assunto”. A prisão preventiva de Braga Netto foi decretada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que alegou tentativa de obstrução da Justiça.

A longa duração das prisões preventivas tem gerado desconforto entre a cúpula das Forças Armadas, que observa o avanço das investigações. Braga Netto, por ser um general de quatro estrelas, não está em uma cela comum, mas em um cômodo com comodidades como ar-condicionado e banheiro exclusivo. A situação é vista com crescente insatisfação por aliados de Bolsonaro, que percebem uma tentativa da Força de "limpar" sua imagem diante das acusações.

A PGR denunciou 34 pessoas, das quais 24 são militares, o que intensificou a mágoa entre os apoiadores de Braga Netto em relação à cúpula do Exército. Eles acreditam que a instituição não reconhece sua omissão nas tramas golpistas e está mais preocupada em preservar sua reputação. Essa dinâmica reflete a complexidade das relações internas nas Forças Armadas em meio a um cenário de crise política.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela