17 de mar 2025
Disputa interna no PT revela briga por poder e controle financeiro da sigla
A disputa no PT se intensifica com a renovação dos quadros em julho. Edinho Silva, apoiado por Lula, quer substituir Gleide Andrade na tesouraria. A tesouraria do PT, com R$ 629 milhões do Fundo Eleitoral, é crucial para 2026. Gleide Andrade, aliada de Gleisi, busca candidatura a deputada em Minas Gerais. Humberto Costa defende a transparência nas finanças e a gestão de Gleide.
Gleisi Hoffmann: apoio à atual tesoureira da siga, Gleide Andrade (Foto: Leo Oliveira/PT/Divulgação)
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A disputa pelo comando do Partido dos Trabalhadores (PT), que passará por renovação em julho, tem gerado tensões internas. A ala de Gleisi Hoffmann, ex-presidente do partido, está em campanha contra a indicação de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além da luta por poder, há uma preocupação com a gestão financeira, especialmente em relação à tesouraria, que recebeu R$ 629 milhões do Fundo Eleitoral em 2024, o segundo maior valor entre os partidos.
A disputa pela tesouraria é central, pois o tesoureiro tem papel crucial na distribuição de recursos e na prestação de contas à Justiça. Edinho já anunciou sua intenção de substituir a atual tesoureira, Gleide Andrade, o que gerou descontentamento entre seus aliados. Gleide, que deseja se candidatar a deputada federal em 2026, teme que a perda do cargo prejudique suas chances eleitorais. Em uma reunião recente com Lula, membros da corrente Construindo um Novo Brasil criticaram a possível presidência de Edinho.
O presidente interino do PT, Humberto Costa, defendeu Gleide, afirmando que as críticas à sua permanência no cargo são maldosas. Ele ressaltou que o orçamento do partido é elaborado de forma transparente e auditado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Costa também afirmou que as decisões sobre os investimentos em candidaturas são tomadas em conjunto pela direção do partido, garantindo a fiscalização adequada dos recursos.
Aliados de Gleisi e Gleide defendem a gestão da tesoureira, destacando que ela nunca enfrentou problemas legais, ao contrário de seus antecessores, que foram investigados e até presos em escândalos como o Mensalão e a Lava-Jato. A disputa interna reflete não apenas a luta por poder, mas também a necessidade de garantir a integridade financeira do partido em um ano eleitoral decisivo.
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