Política

Mais de 140 países firmam pacto de US$ 200 bilhões anuais para reverter perdas na biodiversidade

A COP16 em Roma adiou a criação de um fundo global para biodiversidade até 2028. O Brasil, representando o BRICS, propôs um rascunho que guiou as negociações. O pacto visa arrecadar US$ 200 bilhões anuais até 2030 para proteger a biodiversidade. Países desenvolvidos devem mobilizar US$ 20 bilhões anuais para nações mais pobres. O setor financeiro mostra interesse crescente em investir em biodiversidade, com novas iniciativas.

A ação Floresta Viva já arrecadou mais de R$ 700 milhões para investir em projetos de restauração ecológica, entre outros. (Foto: iStockphoto/Reprodução)

A ação Floresta Viva já arrecadou mais de R$ 700 milhões para investir em projetos de restauração ecológica, entre outros. (Foto: iStockphoto/Reprodução)

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Mais de 140 países se comprometeram a mobilizar centenas de bilhões de dólares anualmente para reverter a perda de biodiversidade. Contudo, a criação de um novo fundo global para a natureza, uma demanda das economias em desenvolvimento, foi adiada até 2028 durante a 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16), em Roma. Essa decisão reflete um impasse observado na cúpula anterior, na Colômbia, e busca acelerar o financiamento para projetos ambientais.

O acordo alcançado visa arrecadar US$ 200 bilhões anualmente até o final da década, conforme as metas do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal. Este pacto, adotado em dezembro de 2022, abrange a proteção da água potável e a redução do desperdício de alimentos. Maria Angélica Ikeda, líder da delegação brasileira, considerou a decisão uma “solução equilibrada e de compromisso” e destacou o avanço nas negociações.

Os países desenvolvidos foram incentivados a mobilizar US$ 20 bilhões anuais para nações mais pobres até o final deste ano. O pacto também propõe um estudo sobre a relação entre sustentabilidade da dívida e proteção da natureza, além de reforçar a integração entre os ministérios do meio ambiente e das finanças. Georgina Chandler, da Sociedade Zoológica de Londres, ressaltou a necessidade de diversificar as fontes de financiamento.

A luta contra a perda de biodiversidade enfrenta desafios, com nações emergentes acusando países desenvolvidos de não ampliarem o financiamento climático. A ausência da delegação dos EUA na COP16 foi notável, especialmente após decisões políticas que impactaram o financiamento para a biodiversidade. Enquanto isso, o setor financeiro demonstra interesse crescente na biodiversidade, com iniciativas como o lançamento de um fundo de títulos voltado para esse setor pela Goldman Sachs Asset Management.

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