Política

Conflitos sectários em Nagpur geram toque de recolher após protestos por tombamento de Aurangzeb

Toque de recolher foi imposto em Nagpur após confrontos sectários. Grupos nacionalistas hindus exigem a demolição do túmulo de Aurangzeb. Pelo menos 34 policiais e cinco civis ficaram feridos durante os conflitos. A violência foi desencadeada por rumores sobre a queima de textos religiosos. Tensão religiosa cresce sob o governo de Narendra Modi, afetando muçulmanos.

Uma foto tirada em 3 de julho de 2017 em Meautis mostra a linha de produção de uma planta da cooperativa agrícola francesa na indústria de laticínios 'Les Maitres laitiers du Cotentin'. A planta fabrica produtos lácteos destinados ao mercado da China. (Foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)

Uma foto tirada em 3 de julho de 2017 em Meautis mostra a linha de produção de uma planta da cooperativa agrícola francesa na indústria de laticínios 'Les Maitres laitiers du Cotentin'. A planta fabrica produtos lácteos destinados ao mercado da China. (Foto: CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images)

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As autoridades de Nagpur, uma cidade no estado de Maharashtra, na Índia, impuseram um toque de recolher indefinido após confrontos sectários que ocorreram na segunda-feira. Os distúrbios foram provocados por grupos nacionalistas hindus que exigiam a demolição do túmulo de Aurangzeb, um governante muçulmano do século XVII. Durante os protestos, 34 policiais e cinco civis ficaram feridos, e várias propriedades foram danificadas. Até agora, 50 pessoas foram detidas em conexão com a violência.

O legislador Chandrashekhar Bawankule relatou que os conflitos começaram após a disseminação de rumores sobre a queima de itens religiosos, incluindo o Alcorão. O túmulo de Aurangzeb, localizado em Chhatrapati Sambhaji Nagar, a cerca de 500 quilômetros de Nagpur, é um ponto de discórdia, especialmente entre nacionalistas hindus que o veem como um símbolo de opressão. Embora alguns historiadores considerem as alegações de perseguição exageradas, a figura de Aurangzeb é amplamente desprezada por esses grupos.

As tensões religiosas na Índia aumentaram sob o governo do primeiro-ministro Narendra Modi, que frequentemente critica Aurangzeb, intensificando a ansiedade entre a significativa minoria muçulmana do país. Desde a eleição de Modi em 2014, os ataques contra muçulmanos por extremistas hindus se tornaram mais frequentes, com muitos acusando o governo de adotar políticas discriminatórias. O recente lançamento do filme “Chhaava”, que retrata um guerreiro hindu lutando contra Aurangzeb, também contribuiu para o aumento das divisões religiosas.

Além disso, o governo de Modi atendeu a demandas de nacionalistas hindus ao inaugurar um templo controverso no local de uma mesquita demolida em Ayodhya. A mesquita Babri, do século XVI, foi destruída em 1992 por grupos hindus que acreditam que o deus Ram nasceu no local. Essa série de eventos reflete um clima crescente de hostilidade entre as comunidades hindu e muçulmana na Índia, com implicações significativas para a convivência pacífica no país.

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