21 de mar 2025
Documentos secretos revelam que Brizola foi monitorado pelos EUA durante a era Kennedy
Documentos da CIA revelam que Leonel Brizola recusou apoio de Mao Tse Tung e Fidel Castro em 1961, temendo crise com os EUA.
Leonel Brizola na saída da Igreja da Candelária após a missa pelos 13 anos da morte de João Goulart, em 1989 (Foto: Marcelo Siqueira/Agência O Globo)
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O político Leonel Brizola foi mencionado em documentos recentemente divulgados pelo Arquivo Nacional dos Estados Unidos, que estão relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy em novembro de 1963. Na época das citações, Brizola era governador do Rio Grande do Sul e estava envolvido em esforços para garantir a sucessão presidencial de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros.
Os documentos incluem um telegrama da CIA que relata que Mao Tse Tung, da China, e Fidel Castro, de Cuba, ofereceram apoio a Brizola, incluindo "voluntários". No entanto, Brizola recusou essa ajuda, temendo uma possível crise diplomática com os Estados Unidos, conforme indicado no relatório. A preocupação era que a aceitação desse apoio pudesse levar a uma intervenção americana no Brasil.
Durante a Guerra Fria, o Brasil era considerado um país estratégico pelos Estados Unidos, com potencial para influenciar outras nações latino-americanas em um cenário de revolução comunista. A liberação dos arquivos foi uma resposta a uma ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump em janeiro de 2023, que determinou a publicação de documentos relacionados aos assassinatos de Kennedy, seu irmão Robert F. Kennedy e o ativista dos direitos civis Martin Luther King Jr..
A divulgação incluiu cerca de 80 mil páginas de relatórios da CIA e outros órgãos, com advogados do Departamento de Justiça trabalhando para revisar os documentos antes da liberação. Essa ação gerou interesse e especulação sobre o papel de Brizola e a dinâmica política do Brasil na época.
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