24 de mar 2025
Columbia University implementa novas regras que podem transformar a vida no campus
Columbia University implementa mudanças drásticas em resposta à pressão do governo Trump, criando um ambiente de medo e incerteza entre os alunos.
Yuki Iwamura/Bloomberg/Getty Images (Foto: Yuki Iwamura/Bloomberg/Getty Images)
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Columbia University implementou mudanças significativas em suas políticas disciplinares e de protesto, em resposta a exigências do governo Trump, que condicionou a liberação de $400 milhões em fundos federais. As novas regras, que entram em vigor após as férias de primavera, incluem restrições severas a manifestações, proibição do uso de máscaras e uma revisão imediata dos programas de estudos do Oriente Médio. A universidade, que já enfrentou protestos intensos relacionados ao conflito Israel-Hamas, agora se vê sob pressão para garantir a segurança de todos os alunos, especialmente em um clima de crescente tensão.
As alterações foram recebidas com preocupação por muitos estudantes, que temem um ambiente de vigilância e repressão à liberdade de expressão. Shubhanjana Das, uma líder estudantil, destacou que as novas políticas podem resultar em um "clima de medo" no campus, onde os alunos se sentem inseguros para expressar suas opiniões. Além disso, a universidade contratou 36 novos policiais treinados para lidar com protestos, que terão autoridade para remover ou prender manifestantes, aumentando a sensação de controle sobre as atividades estudantis.
O governo federal também está focado em ações contra Mahmoud Khalil, um ativista palestino e ex-aluno da Columbia, que foi detido por supostas fraudes de imigração. Khalil, que está em custódia da ICE (Serviço de Imigração e Controle de Alfândega), não foi acusado de nenhum crime, mas sua situação gerou um clima de incerteza e ansiedade entre os estudantes. A defesa de Khalil argumenta que as alegações do governo são insustentáveis e que a detenção é uma retaliação por suas crenças políticas.
As mudanças nas políticas da Columbia foram apoiadas pelo conselho de administração da universidade, que acredita que as reformas são necessárias para abordar preocupações sobre antisemitismo e discriminação. No entanto, muitos alunos, incluindo um estudante judeu anônimo, expressaram que essas medidas não garantem segurança, mas sim criam um ambiente hostil para o debate acadêmico. A situação continua a evoluir, com a comunidade acadêmica observando atentamente as repercussões dessas políticas e suas implicações para a liberdade de expressão no campus.
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