07 de abr 2025
Doxxing e repressão marcam protestos contra Israel em universidades dos EUA
Estudantes e acadêmicos nos EUA enfrentam repressão severa por críticas a Israel, com doxxing e ameaças de deportação em meio a protestos.
Polícia prende um manifestante pró-Palestina durante uma demonstração perto da Universidade Columbia, em Nova York, na quarta-feira. (Foto: Eduardo Muñoz/Getty Images)
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Desde outubro de 2023, as universidades dos Estados Unidos enfrentam um aumento nas manifestações estudantis contra a ofensiva militar de Israel em Gaza. Esse cenário gerou um clima de repressão, com acusações de antissemitismo direcionadas a estudantes e acadêmicos que criticam Israel. O governo Trump intensificou essa perseguição, utilizando práticas como doxxing, que envolve a divulgação de informações pessoais para intimidar e ameaçar críticos.
A repressão se intensificou com a demissão de professores e a pressão sobre instituições de ensino, que enfrentam ameaças de cancelamento de financiamentos federais caso não reprimam discursos anti-Israel. Cinco universidades, incluindo Brown, estão sob essa pressão, enquanto estudantes e docentes relatam um ambiente hostil à liberdade de expressão. Um ex-professor da Universidade de Columbia afirmou que a perseguição atual é sem precedentes, com estudantes sendo alvo de ataques físicos e ameaças de deportação.
O uso de tecnologia, como softwares de reconhecimento facial, tem sido uma ferramenta para identificar manifestantes, aumentando o medo entre os alunos, especialmente os estrangeiros. Estudantes com características árabes evitam se manifestar, temendo por suas visas e segurança. O secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou a vigilância de postagens online de estudantes, visando aqueles que criticam Israel, o que intensifica a atmosfera de medo nas universidades.
A situação se agrava com casos de deportação e detenções sem evidências concretas de envolvimento com grupos extremistas. O professor da Universidade de Columbia, Shai Davidai, expressou preocupação com a falta de garantias de devido processo para os estudantes acusados. A política da universidade contra doxxing foi implementada recentemente, mas não se aplica retroativamente, deixando muitos casos anteriores sem reparação. A liberdade acadêmica e a presunção de inocência estão em risco, enquanto as instituições tentam equilibrar a segurança de seus alunos e a pressão do governo.
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