24 de mar 2025
Haddad afirma que ‘não será um ministério que salvará o país’ e pede apoio dos Três Poderes
Haddad reafirma compromisso com meta de déficit zero em 2024, destacando a necessidade de apoio dos Três Poderes e criticando a alta carga tributária.
Abrigo onde casal desaparecido ficou (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/VEJA.com)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro está comprometido em alcançar a meta de déficit zero para este ano, com o apoio do presidente Lula. Durante o evento "Rumos 2025", Haddad enfatizou a importância da colaboração entre os Três Poderes para o sucesso fiscal, afirmando que "não vai ser um ministério que vai salvar o país". Ele destacou que a compreensão das necessidades fiscais é crucial, mesmo dentro do próprio Executivo, e que o apoio do Legislativo é fundamental para a continuidade das metas estabelecidas.
Haddad também respondeu a críticas sobre o descontrole fiscal, ressaltando que o governo tem trabalhado para reduzir despesas e aumentar a arrecadação. Ele mencionou que a proporção do gasto público em relação ao PIB caiu de 19,5% para 18,7% desde o período pré-pandemia, enquanto a arrecadação subiu de 17% para 18,3% do PIB. O ministro argumentou que, se não estivesse focado na meta, poderia ter gasto até R$ 17 bilhões a mais no ano passado, ainda assim dentro da banda fiscal.
O economista Mansueto Almeida alertou sobre a gravidade da situação fiscal do Brasil, afirmando que a relação dívida/PIB deve aumentar de 76,5% para 83% até o fim do mandato atual. Ele destacou a necessidade de um ajuste fiscal robusto para estabilizar a dívida e permitir um superávit primário significativo no futuro. Almeida também mencionou que a alta carga tributária e os gastos obrigatórios limitam o espaço para investimentos, o que é uma preocupação crescente entre os economistas.
Por fim, Haddad defendeu a "arquitetura" do arcabouço fiscal, afirmando que mudanças nos parâmetros podem ser consideradas em um cenário de estabilidade da dívida e da inflação. Ele reiterou que o governo está comprometido em seguir as metas estabelecidas e que a responsabilidade fiscal deve ser mantida, mesmo em anos eleitorais. O ministro concluiu que a colaboração entre os Poderes é essencial para o sucesso das políticas fiscais e para evitar a "autossabotagem" do país.
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