28 de mar 2025
Universidade de Michigan descontinua programa de diversidade sob pressão do governo Trump
Universidade de Michigan encerra programa de diversidade e redireciona recursos para apoio estudantil, sob pressão política e críticas sobre eficácia.
As faculdades têm recuado em seus esforços de diversidade depois que o presidente Donald Trump e o governo ameaçaram reter fundos das instituições que não cumprissem as ordens executivas. (Foto: Bill Pugliano)
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A Universidade de Michigan anunciou o encerramento de seu programa de diversidade, equidade e inclusão (DEI), que era considerado um modelo por outras instituições. A decisão, comunicada em uma declaração na quinta-feira, ocorre em um contexto de pressão do governo Trump para que faculdades abandonem tais iniciativas, além de críticas sobre os custos e a eficácia do programa. A universidade agora pretende redirecionar investimentos para "programas voltados para o aluno", como ajuda financeira e recursos de saúde mental.
O presidente da universidade, Santa J. Ono, destacou que as mudanças são significativas e desafiadoras, especialmente para aqueles que se dedicaram ao DEI. O programa, que custou cerca de US$ 250 milhões desde 2016, visava aumentar a diversidade econômica e racial, mas enfrentou críticas por sua implementação e resultados. Dados indicam que a proporção de alunos negros ou afro-americanos caiu de 4,3% em 2016 para 3,9% em 2021.
Além disso, a representação de estudantes de famílias com renda de até US$ 50 mil aumentou para 13,6% em 2021, em comparação a 12,2% em 2016. Administradores da universidade reconheceram que alguns membros da comunidade se sentiram excluídos das iniciativas do DEI, que não conseguiram promover conexões entre grupos diversos. A decisão de Michigan segue a proibição da Suprema Corte sobre a consideração da raça nas admissões universitárias.
Esse movimento não é isolado, já que diversas instituições e empresas americanas estão reduzindo ou abandonando esforços de DEI, revertendo compromissos feitos após o assassinato de George Floyd em 2020. A mudança na Universidade de Michigan reflete uma tendência mais ampla de reavaliação das políticas de diversidade nas instituições de ensino e no setor privado.
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