30 de mar 2025
Despoluição dos rios Tietê e Pinheiros enfrenta desafios como crime organizado e esgoto em São Paulo
**Linha fina:** Promessa de despoluição do Rio Tietê até 2029 é reafirmada, mas desafios persistem com lixo e esgoto ainda em alta.
Barreira de contenção no Rio Pinheiros, com São Paulo ao fundo (Foto: Maria Isabel Oliveira)
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A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, fez uma visita ao Rio Tietê em Guarulhos, usando um colete salva-vidas e enfrentando o mau cheiro da água. Ela garantiu que a situação irá melhorar até 2029, referindo-se ao programa de despoluição em andamento. Promessas semelhantes foram feitas por gestões anteriores, incluindo compromissos de despoluição feitos por Mário Covas em 1994 e João Doria em 2021.
O programa atual, denominado IntegraTietê, prevê um investimento de R$ 23,5 bilhões até 2029, com ações como coleta de lixo flutuante e dessassoreamento. No primeiro trimestre de 2024, foram removidas 10.433 toneladas de lixo do Rio Pinheiros, um aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lixo encontrado é predominantemente plástico, como garrafas PET, e a coleta é realizada em barreiras ao longo do rio.
A poluição dos rios é agravada pelo descarte irregular de resíduos nas ruas e pela presença de veículos submersos, que dificultam o fluxo da água. Camila Viana, presidente da SP Águas, destacou que a limpeza enfrenta desafios, incluindo a presença de objetos inusitados, como colchões e até armas. Além disso, a presença de crime organizado em Guarulhos complica ainda mais o desassoreamento do Tietê.
Apesar dos esforços, ainda são despejados milhares de litros de esgoto por segundo no Rio Pinheiros. Desde 2019, 650 mil imóveis foram conectados à rede de esgoto, mas a qualidade da água ainda é considerada péssima em análises recentes. Gustavo Veronesi, da SOS Mata Atlântica, reconheceu melhorias, mas ressaltou que ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar a despoluição desejada.
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