Oposição pressiona Hugo Motta a pautar anistia para condenados de 8 de janeiro

O presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), enfrentará pressão de deputados da oposição para votar em regime de urgência o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. O tema ganhou destaque após a decisão da 1ª turma do STF, que tornou réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados. Reuniões entre líderes da oposição e do governo estão agendadas para esta terça-feira, 1º de abril.

O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), expressou confiança de que Mota honrará compromissos com a bancada e pautará o projeto. O deputado Luiz Philippe de Orleans Bragança (PL-SP) destacou a pressão da opinião pública e a ameaça de obstrução dos trabalhos da Casa caso a proposta não seja discutida. Ele enfatizou que a anistia já passou pelas comissões e que um novo retorno seria apenas para atrasar a tramitação.

Embora o projeto não inclua o caso de Bolsonaro, aliados pretendem usá-lo como uma forma de pressionar o STF a reconsiderar a pena do ex-presidente. No ano passado, o projeto foi discutido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas ficou estagnado após a criação de uma comissão especial pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Agora, a oposição busca forçar a votação no Plenário, enquanto aliados de Mota acreditam que a discussão deve ser retomada na comissão especial, sem prazo definido para votação.