Governo espanhol se mobiliza para enfrentar impactos dos novos aranceles de Trump

A crise econômica global, intensificada pelos altos aranceles impostos pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está forçando a Espanha a reavaliar suas políticas internas. O governo espanhol, liderado pelo ministro da Economia, Carlos Cuerpo, está desenvolvendo estratégias para minimizar os efeitos negativos dos novos impostos sobre setores como aço, automóveis e alimentos. O diálogo com partidos políticos e setores afetados é uma prioridade.

Cuerpo, que já foi secretário geral do Tesouro e possui experiência em negociações em Bruxelas, foi designado para coordenar a resposta do governo. As medidas a serem implementadas visam não apenas mitigar os impactos econômicos, mas também abordar questões de defesa que foram ofuscadas pela nova situação. O ministro já mencionou produtos como aço, alumínio, automóveis, além de alimentos como azeite, vinho e queijo como os mais afetados.

O governo também busca envolver grupos parlamentares, sindicatos e comunidades autônomas nas discussões sobre as medidas a serem adotadas. A primeira rodada de conversas com o Partido Popular (PP) não foi bem-sucedida, mas uma nova reunião entre Cuerpo e o responsável pela Economia do PP, Juan Bravo, resultou em um entendimento mais produtivo. O ministro fará uma apresentação no Congresso para detalhar as primeiras ações do governo.

A polarização política na Espanha continua, com o PP e o Vox criticando o governo de Pedro Sánchez. O líder do Vox, Santiago Abascal, tem evitado criticar Trump, enquanto o PP tenta manter o foco na proteção da economia. Apesar das tensões, os dados recentes indicam um aumento no apoio ao Vox, que cresceu dois pontos desde as eleições de julho de dois mil e vinte e três.