09 de abr 2025
Trump busca eficiência nas deportações, tratando migrantes como ‘pacotes’ a serem entregues
Governo Trump busca eficiência nas deportações, comparando processo a serviços de entrega, enquanto empresas se preparam para lucrar com novas tecnologias.
Migrantes venezuelanos deportados de Estados Unidos desembarcam em Venezuela, em 20 de fevereiro de 2025. (Foto: Cristian Hernandez/AP)
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O governo de Donald Trump intensificou suas políticas de imigração, utilizando táticas de deportação e militarização da fronteira, o que gerou polêmica. Recentemente, Todd Lyons, diretor interino do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE), comparou o processo de deportação a um serviço de entrega, afirmando que a eficiência deve ser maximizada. Durante a Border Security Expo, realizada em Phoenix, Arizona, ele declarou que o processo deveria ser "como Prime, mas com seres humanos".
A secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, também participou do evento e pediu inovações do setor privado para aprimorar as operações de captura. Noem enfatizou a necessidade de parcerias com empresas para encontrar novas ferramentas que garantam que os imigrantes indocumentados "rindam contas". Tom Homan, ex-diretor do ICE, solicitou ao Congresso um aumento no orçamento de quatro bilhões de dólares para expandir as operações de captura, destacando a necessidade de mais recursos.
As políticas de imigração de Trump não apenas mobilizam sua base eleitoral, mas também impulsionam a indústria carcerária e armamentista. Empresas como CoreCivic e GEO Group têm contratos significativos para abrigar detidos pelo ICE, com receitas que alcançam milhões de dólares. A GEO, por exemplo, reportou um lucro de R$ 763 milhões no último ano, prevendo "ganhos sem precedentes" até 2025.
Durante a conferência, Noem causou controvérsia ao posar com um rifle de alto poder após um operativo do ICE que resultou na captura de supostos criminosos. Ela se referiu aos detidos como "basura" em suas redes sociais. Além disso, o compartilhamento de informações do serviço tributário com autoridades de imigração gerou críticas, levando a demissões na cúpula do Serviço de Impostos Internos (IRS).
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