10 de abr 2025
Brasil retoma exigência de vistos para cidadãos dos EUA a partir de hoje
Brasil retoma exigência de vistos para cidadãos dos EUA, em resposta ao tarifaço de Trump, desafiando pressões do setor turístico.
Lula com boné de campanha política que explora reação a Trump (Foto: Reprodução Ricardo Stuckert Presidência da República)
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O Brasil reimplementou a exigência de vistos para cidadãos dos Estados Unidos a partir de 10 de outubro de 2023. Essa decisão do governo Luiz Inácio Lula da Silva é uma resposta ao aumento de tarifas promovido pela administração Trump e reflete a falta de um ambiente político favorável à isenção, apesar das pressões do setor turístico. A cobrança de vistos é considerada uma questão delicada, com potenciais repercussões nas relações bilaterais.
A exigência de vistos já era prevista desde 2023, mas vinha sendo adiada. O governo Lula argumenta que a isenção anterior, estabelecida em 2019 por Jair Bolsonaro, não resultou em um aumento significativo no turismo. A nova política de reciprocidade foi definida durante a transição de governo, com a assinatura do decreto em maio de 2023. Cidadãos americanos, australianos e canadenses agora precisam solicitar um visto eletrônico para entrar no Brasil.
O setor de turismo expressou preocupações sobre o impacto negativo da cobrança, que pode desestimular a visitação e afetar empregos. O Itamaraty, no entanto, defende a reciprocidade, ressaltando que o custo do visto, cerca de R$ 400,00, é baixo para turistas americanos. Dados mostram que os Estados Unidos são o segundo maior emissor de turistas para o Brasil, atrás apenas da Argentina.
A proposta para derrubar a exigência de vistos, aprovada pelo Senado, enfrenta dificuldades na Câmara dos Deputados, onde o presidente Hugo Motta não deve pautar a votação. Além disso, há questionamentos sobre a constitucionalidade do projeto, já que a decisão sobre a política de vistos é prerrogativa do Executivo. A situação é complexa, com a taxa de recusa de vistos para brasileiros nos EUA atingindo 15,5% em 2024, o que complica ainda mais as negociações para uma possível isenção recíproca.
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