11 de abr 2025
Prefeitura de São Paulo estuda teleférico como alternativa de mobilidade na Brasilândia
Prefeitura de São Paulo avalia teleférico na Brasilândia, mas proposta gera polêmica sobre custos e prioridades em infraestrutura.
Projeto inicial mostra como seria a estação do teleférico na zona norte de São Paulo (Foto: SP Urbanismo/Reprodução)
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A Prefeitura de São Paulo está avaliando a implementação de um teleférico na Brasilândia, um distrito com cerca de 240 mil habitantes e relevo acidentado. O projeto, que custaria aproximadamente R$ 1 bilhão para uma extensão de 4,5 quilômetros, visa melhorar a mobilidade urbana na região, especialmente após a experiência com o transporte hidroviário na Represa Billings. O anúncio foi feito após Salvador firmar contrato para uma linha de teleférico interligada ao metrô, reacendendo o debate sobre essa alternativa de transporte.
A proposta gerou opiniões divergentes entre especialistas e moradores. Enquanto alguns defendem a ideia, citando a necessidade de soluções de transporte em áreas de difícil acesso, outros criticam o custo elevado e sugerem que os recursos deveriam ser direcionados a melhorias em infraestrutura e saneamento. O diretor-presidente da SP Urbanismo, Pedro Martin Fernandes, argumenta que o relevo da Brasilândia justifica a escolha do teleférico, que poderia conectar áreas densamente povoadas ao transporte de alta capacidade.
A proposta ainda está em fase preliminar, com a SPTrans realizando um levantamento de dados nos próximos meses. Não há um cronograma definido para a implementação. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) defendeu a proposta, afirmando que se trata de uma solução específica para a topografia da região. No entanto, críticos, como a vereadora Keit Lima (PSOL), consideram o projeto uma "mirabolante" e defendem investimentos em obras prioritárias.
Experiências de teleféricos em outras cidades latino-americanas, como Medellín e La Paz, são citadas como referências. O projeto paulistano prevê uma linha com capacidade para transportar até 3.210 pessoas por hora, com cabines para dez passageiros. A gestão municipal acredita que o teleférico poderia reduzir o tempo de deslocamento e facilitar a integração com outros meios de transporte, atendendo à demanda de uma população que realiza muitos deslocamentos a pé.
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