29 de abr 2025
Prefeitura de São Paulo inicia obras de estacionamento sob o Minhocão para combater lixo
Obras para estacionamento sob o Minhocão iniciam em meio a polêmica; vereadores contestam viabilidade e impacto na mobilidade urbana.
Obra na rua Amaral Gurgel, no centro de São Paulo, para criar um bolsão de estacionamento debaixo do Minhocão (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
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A Prefeitura de São Paulo iniciou, nesta segunda-feira (28), as obras para a criação de um estacionamento embaixo do Minhocão, viaduto Presidente João Goulart. A medida visa combater o acúmulo de lixo na área, conforme anunciado pelo vice-prefeito, Ricardo Mello Araújo. O projeto-piloto prevê a construção de 16 vagas no sentido centro e nove no sentido bairro, começando na Rua Amaral Gurgel.
A ciclovia que conecta a Avenida Paulista ao Largo do Arouche foi apagada, mas ainda é utilizada por ciclistas. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) expressou preocupações sobre a viabilidade do estacionamento, destacando que as ruas são arteriais e não priorizam o acesso local. A CET também alertou sobre o impacto no trânsito e a necessidade de mais estudos sobre a ciclovia.
A gestão de Ricardo Nunes (MDB) defende que o projeto será implementado de forma experimental e que a ciclovia será mantida. O trecho já construído comporta quatro carros e, segundo a prefeitura, a estrutura cicloviária será reimplantada e sinalizada após a conclusão das obras.
Oposição e Críticas
Vereadores da oposição, como Nabil Bonduki (PT) e Renata Falzoni (PSB), apresentaram uma ação popular para paralisar as obras, argumentando que a criação de novas vagas fere a legislação de mobilidade urbana. Eles criticam a medida como higienista, afirmando que pode resultar na expulsão de pessoas em situação de rua da área. A vereadora Renata Falzoni destacou que a solução para o lixo deve ser a fiscalização e o cumprimento da lei, não a redução de espaço para pedestres.
Além disso, o prefeito Nunes mencionou a possibilidade de desativação do Minhocão devido à extensão da Avenida Marquês de São Vicente. Um estudo da SPUrbanismo está sendo realizado para avaliar essa extensão, que poderia melhorar a mobilidade na capital e desativar o viaduto. O futuro do Minhocão, se será demolido ou transformado em um parque elevado, ainda está em discussão.
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