Milei e a crise da centro-direita: alianças e desafios na política argentina

O presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta uma relação tensa com o partido Proposta Republicana, que o apoiou em sua ascensão ao poder. A migração do prefeito de Tres de Febrero, Diego Valenzuela, para o partido de Milei, Liberdade Avança, destaca a crise nas representações partidárias e a busca por alianças no Congresso.

Valenzuela, que é o segundo prefeito mais bem avaliado da Grande Buenos Aires, abandonou o Proposta Republicana com a intenção de concorrer ao governo da Província de Buenos Aires em 2027. Ele e Milei têm uma longa amizade, que remonta aos tempos de universidade, e Valenzuela elogia a liderança de Milei, apesar de reconhecer a necessidade de reformas econômicas mais eficazes.

A aliança entre a centro-direita e a ultradireita, embora necessária, começa a mostrar sinais de desgaste. Com as eleições legislativas se aproximando, o Liberdade Avança parece relutante em formar coalizões, o que pode complicar a governabilidade. A influência de Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, é vista como um fator que dificulta as negociações.

A insatisfação dentro do Proposta Republicana é crescente, com figuras como Mauricio Macri expressando descontentamento. Apesar disso, pesquisas indicam que o partido de Milei pode crescer nas próximas eleições, embora ainda dependa de alianças para garantir uma maioria no Congresso. A situação política na Argentina continua a evoluir, refletindo um cenário de incertezas e mudanças rápidas.