Política

Indígenas da Amazônia buscam apoio em Brasília contra construção de rodovias ameaçadoras

Indígenas do Brasil e Peru se mobilizam em Brasília contra rodovias que ameaçam seus territórios e a segurança na Amazônia.

Representantes da Comissão Transfronteiriça do Alto Juruá/Yurúa/Alto Tamaya (Brasil-Peru) em frente à sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Brasília (Foto: Pedro Ladeira - 03.abr.2025/Folhapress)

Representantes da Comissão Transfronteiriça do Alto Juruá/Yurúa/Alto Tamaya (Brasil-Peru) em frente à sede da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Brasília (Foto: Pedro Ladeira - 03.abr.2025/Folhapress)

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Representantes de povos indígenas Ashaninka, Yawanawá e de outras doze etnias do Brasil e Peru se reuniram em Brasília entre os dias três e oito de abril de 2025. O objetivo foi buscar apoio para barrar a construção de duas rodovias que ameaçam seus territórios na Amazônia. As comunidades expressam preocupações com os impactos ambientais e o aumento da criminalidade na região.

Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que 33,7% da Amazônia Legal já enfrenta a presença de facções criminosas. Desde 2013, ao menos 36 lideranças indígenas foram assassinadas na área. Os indígenas denunciam a ausência do Estado, que facilita a atuação de grupos criminosos, aumentando a insegurança nas fronteiras.

Durante a reunião, os representantes se encontraram com autoridades dos Ministérios das Relações Exteriores, Justiça e Segurança Pública, e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Eles pedem a rejeição definitiva da proposta de uma rodovia entre Cruzeiro do Sul, no Acre, e Pucallpa, no Peru, que atravessaria o Parque Nacional da Serra do Divisor, uma importante área de conservação.

Além disso, a comissão busca impedir a expansão ilegal da estrada UC-105, no Peru, que já alcançou 1.012,45 km desde 2016. O presidente da Organização Regional Aidesep Ucayali, Jamer López, destacou que o projeto ameaça as comunidades locais e favorece interesses externos, sem considerar a participação dos povos indígenas.

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