Tarifas de Trump acentuam desigualdade de gênero no vestuário e afetam famílias de baixa renda

O sistema tarifário dos Estados Unidos impõe taxas mais altas sobre roupas femininas do que sobre as masculinas, resultando em custos adicionais significativos para as mulheres. Com o aumento das tarifas pelo governo Trump, essa disparidade pode se agravar, afetando principalmente mulheres e famílias de baixa renda.

Atualmente, as tarifas sobre roupas femininas são, em média, três pontos percentuais mais altas do que as de roupas masculinas, totalizando 16,7% para o vestuário feminino e 13,6% para o masculino. Essa diferença, conhecida como "pink tariffs", resulta em um custo adicional de mais de R$ 2 bilhões por ano para as mulheres, segundo pesquisa do Instituto Progressive Policy.

Embora algumas empresas tenham tentado contestar essa política, a Justiça decidiu que as tarifas não foram criadas com intenção discriminatória. Recentemente, duas deputadas democratas introduziram o "Pink Tariffs Study Act", que busca investigar o impacto das tarifas sobre as mulheres. Apesar disso, as tarifas de Trump podem aumentar ainda mais os custos para as mulheres, que já gastam, em média, R$ 655 em roupas, em comparação com R$ 406 para os homens.

Além disso, as tarifas afetam desproporcionalmente as famílias de baixa renda, que destinam uma maior parte de sua renda a roupas básicas. Tarifas sobre itens essenciais, como meias e camisetas, são mais altas do que sobre produtos de luxo, o que pode resultar em um aumento significativo nos preços para esses consumidores.