Política

Exposição do Smithsonian desafia a noção de raça como realidade biológica

Ordem executiva de Trump critica exposição do Smithsonian que discute raça como construção social, desafiando a visão biológica tradicional.

Foto de uma escultura de Malvina Hoffman, que retrata a diversidade cultural e étnica. (Foto: Reprodução)

Foto de uma escultura de Malvina Hoffman, que retrata a diversidade cultural e étnica. (Foto: Reprodução)

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Ordem Executiva de Trump questiona exposição do Smithsonian sobre raça

Uma recente ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump, criticou uma exposição do Smithsonian American Art Museum, intitulada “The Shape of Power: Stories of Race and American Sculpture”. A ação questiona a narrativa de que a raça é uma construção social, e não uma realidade biológica.

A ordem executiva alega que a exposição promove a ideia de que a raça não é uma realidade biológica, mas sim uma invenção humana. Essa visão contrasta com a posição defendida pela administração Trump, que enfatiza a suposta realidade biológica da raça.

Cientistas refutam base biológica da raça

A alegação de que a raça possui base biológica é contestada pela comunidade científica. A Sociedade Americana de Genética Humana, por exemplo, afirma que, embora a genética influencie características físicas, a raça em si é uma construção social.

Historiadores especializados no estudo científico da raça explicam que a ideia de raça como realidade biológica surgiu no século XX, com cientistas tentando dividir a humanidade em categorias distintas com base em características físicas. Essa abordagem, no entanto, se mostrou caótica e inconclusiva.

Evolução do conceito de raça na ciência

No início do século XX, cientistas como Charles Darwin demonstraram a dificuldade em classificar raças de forma consistente, com diferentes pesquisadores identificando um número variado de raças. A antropologia, por sua vez, passou a considerar a cultura como fator determinante das diferenças entre grupos humanos.

O desenvolvimento da genética populacional também desafiou a noção de raça como entidade biológica fixa. Essa ferramenta científica permitiu estudar a evolução das populações, demonstrando que elas estão em constante mudança.

Raça como ferramenta científica, não categoria biológica

Especialistas explicam que a genética populacional é uma ferramenta para entender a evolução humana, e não para classificar as pessoas em grupos raciais. Assim como uma exigência de altura para uma montanha-russa não define quem é “realmente” alto, a genética populacional serve para fins específicos e não estabelece categorias biológicas fixas.

A exposição do Smithsonian destaca como a escultura racializada foi utilizada tanto como ferramenta de opressão quanto de libertação. A ciência, por sua vez, reforça a ideia de que a raça é uma invenção humana, moldada por fatores sociais e culturais.

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