Política

Democrático do Congo proíbe partido de Kabila por supostos laços com rebeldes M23

Ex presidente Joseph Kabila é acusado de traição e seu partido é banido no Congo, enquanto tensões com o governo atual aumentam.

Joseph Kabila negou ter qualquer ligação com os rebeldes do M23. (Foto: Reuters)

Joseph Kabila negou ter qualquer ligação com os rebeldes do M23. (Foto: Reuters)

Ouvir a notícia

Democrático do Congo proíbe partido de Kabila por supostos laços com rebeldes M23 - Democrático do Congo proíbe partido de Kabila por supostos laços com rebeldes M23

0:000:00

O governo da República Democrática do Congo baniu o partido do ex-presidente Joseph Kabila, acusando-o de envolvimento com o grupo rebelde M23, responsável pela tomada de vastas áreas do leste do país este ano. A medida ocorre após relatos do retorno de Kabila ao país, onde permaneceu por 18 anos.

Kabila, que sucedeu seu pai, Laurent Kabila, assassinado em 2001, retornou à cidade de Goma, conquistada pelo M23 em janeiro. O Ministério do Interior alegou que o partido de Kabila, o PPRD, demonstra uma “atitude ambígua” em relação à ocupação do território congolês pelo grupo rebelde.

O governo congolês acusou Kabila, de 53 anos, de alta traição e ordenou a apreensão de todos os seus bens. A acusação surge em meio a tensões entre o ex-presidente e o atual governo de Félix Tshisekedi.

O PPRD ainda não se manifestou sobre o banimento. Em declaração recente, o governo alegou que Kabila estaria sendo protegido pelo “inimigo” em Goma. O ex-presidente nega ligações com o M23.

Kabila deixou o Congo em 2023, alegando que iria estudar na África do Sul. Em janeiro de 2024, defendeu sua tese de doutorado na Universidade de Joanesburgo sobre a geopolítica das relações africanas com os Estados Unidos, China e Rússia.

O retorno de Kabila ao Congo foi motivado, segundo ele, pelo desejo de ajudar a resolver a crise institucional e de segurança no país. Ele afirmou querer “desempenhar um papel na busca de uma solução” após seis anos de afastamento e um ano de exílio.

Analistas apontam para a ligação entre Corneille Nangaa, líder do grupo político que inclui o M23, e Kabila, já que Nangaa foi chefe da comissão eleitoral durante o governo do ex-presidente. A história de Kabila, que também entrou no Congo pelo leste no final da década de 1990, também é lembrada por muitos congoleses.

A relação entre Kabila e Tshisekedi se deteriorou, e a coalizão entre seus partidos foi formalmente encerrada em dezembro de 2020. A eleição de 2018, que levou Tshisekedi ao poder, foi contestada, com muitos observadores eleitorais afirmando que Martin Fayulu foi o verdadeiro vencedor. Kabila e Tshisekedi negam ter feito um acordo para excluir Fayulu do poder.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela